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13.4.12

Vikings no UniversoHQ

Este ano eu ainda não havia publicado resenha em um dos meus sites favoritos, o UniversoHQ. Nesta sexta-feira 13, pude retomar os trabalhos com uma crítica a respeito de uma série de quadrinhos que faz uma excelente ficção histórica. Northlanders, ou Vikings, como é chamada no Brasil, retrata os povos nórdicos que entraram para a História um milênio atrás. Criação de Brian Wood, esses quadrinhos muitas vezes respeitam mais a ambientação e seus personagens que as várias deturpações vistas em outras mídias, das montagens de óperas aos cinemas. Na resenha publicada hoje, falo sobre o encadernado A viúva do inverno, que agrupou oito edições da série mensal que já foi cancelada nos EUA. Boa leitura, bom final de semana, boa sorte.


Esqueça aquela imagem popularizada desde as primeiras montagens de óperas em que os vikings aparecem como guerreiros ensandecidos com capacetes cheios de chifres.
Na série Northlanders (traduzida e simplificada como Vikings no Brasil), criada por Brian Wood para a Vertigo, não faltam os guerreiros ensandecidos entre aqueles habitantes do norte. Mas o cuidado histórico que o escritor reservou a suas HQs evitou anacronismos como os tais capacetes cujos adornos nunca existiram.
Da mesma forma, o universo daqueles protagonistas que aterrorizaram a Europa mil anos atrás é bastante enriquecido por outros personagens e abordagens além dos costumeiros saqueadores, sempre com as espadas e machados nas mãos. O roteirista, conhecido também por sua série futurista ZDM - Terra de ninguém e pelas capas que fez para as 12 edições de Frequência global, de Warren Ellis, focou em outros aspectos do cotidiano dos antepassados dos escandinavos de nossos tempos.
Este encadernado, que reúne oito histórias da série mensal, é um ótimo exemplo. A ambientação mostra uma cidade fundada pelos nórdicos, com sua estrutura política organizada e com sua rede de comércio estabelecida. Os protagonistas já se mostram afeitos à fé cristã, ainda que guardassem memória dos antigos deuses que cultuavam.

Continua

11.3.12

Os autores da HQ

Uma foto que ainda não havia postado aqui: Sandro Zamboni, o Zambi, e eu no evento uma Tarde na Taverna, de novembro passado. A dupla de criadores da graphic novel baseada em Cidade Phantástica.

2.3.12

Cidade Phantástica, a graphic novel 2

Circula hoje por toda Santa Catarina, no jornal de maior tiragem do estado, a primeira imagem colorida da graphic novel steampunk que Zambi e eu estamos produzindo para a editoria Underworld. Mais do que isso, a nossa futura HQ recebeu uma detalhada matéria em primeiríssima mão de autoria do colega jornalista Marcos Espíndola na coluna mais prestigiada da área de cultura e entretenimento daqui, a Contracapa do caderno de Variedades do Diário Catarinense. Marquinhos captou e explicou perfeitamente o cenário da noveleta que está sendo transposta para uma nova mídia. Então, é com muita satisfação que reproduzo aqui o desenho que Zambi fez com os principais personagens de Cidade Phantástica e o trecho da coluna de hoje que destaca nosso trabalho. Se isso não vale uma bela comemoração nesta sexta-feira, o que valeria?


O (Retro)Futuro é aqui
Quando integrou, com "Cidade Phantástica", a pioneira coletânea de contos Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, lançada em 2009 pela Tarja Editorial, o jornalista e escritor catarinense Romeu Martins estava longe de se dar por realizado. A ideia primária era levar a fábula retrô futurista para os quadrinhos. O intento começa a se consumar por meio da parceria com o ilustrador Sandro Zamboni, o Zambi, chargista do jornal Hora de Santa Catarina. Cidade Phantástica tem como cenário o Rio de Janeiro do período de 1866 e 1867. A capital do Segundo Império vive um momento de franca evolução socio-econômica e cultural, assumindo a vanguarda da industrialização frente aos Estados Unidos mergulhados em uma guerra civil.
A razão desta expansão desenvolvimentista, que, pelo menos nesta ficção, coloca o Brasil como a potência da época, é o fato de o país não ter entrado na Guerra do Paraguai. À frente deste processo estão os ideários do Barão de Mauá, figura histórica que assume o papel de principal conselheiro do imperador Dom Pedro II, tendo influência direta, por exemplo, no fim da escravidão em 1855 - 34 anos antes da Lei Áurea. Neste outro Brasil desenvolve-se uma trama de heróis e vilões, personagens de Júlio Verne e de Sir Arthur Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes) que também mudaram de ares e passaram a habitar a pujante nação tropical. A novela está prevista para sair em 2013 para atender as exigências da editora Underworld, que pede por uma publicação colorida.
Mas aqui temos um aperitivo do que a dupla Martins/Zambi imagina deste Brasil steampunk. Os desdobramentos desta obra serão detalhados no blog cidadephantastica.blogspot.com

28.2.12

A Liga dos Joões Fumaça

Mostrei recentemente aqui a versão de Sandro Zamboni, o Zambi, para o protagonista da noveleta e futura graphic novel "Cidade Phantástica":


Mas vale lembrar que o primeiro desenho do personagem foi de autoria de Tiburcio, o que acabou inspirando o conto "Modelo B" publicado na edição de estreia da revista Vapor Marginal.


Além do conto, a versão de Tiburcio também serviu de modelo para o bonequinho superfake de Fernando Pascale, sorteado por aqui.


Será que ainda vamos ver mais alguma versão alternativa do agente da Polícia dos Caminhos de Ferro?

24.2.12

Cidade Phantástica, a graphic novel

Fevereiro está sendo um mês tão cheio de trabalho que tem me sobrado pouco tempo para postar aqui. Neste mês, conclui o trabalho de divulgação de uma coletânea de contos retrofuturistas e a revisão de um livro de não-ficção. Mas eu volto agora com uma novidade que esperei bastante tempo e estava ansioso para compartilhar. Vontade antiga que está se tornando realidade, a de transformar a noveleta que dá nome a este blog em minha mídia favorita: os quadrinhos. O projeto já vinha de tempo, mas só pode começar a ser posto em prática quando conheci o desenhista e a editora perfeitos para fechar a parceria.

O desenhista é Sandro Zamboni, mais conhecido como Zambi, chargista do jornal Hora de Santa Catarina. Um talento que conheci no lançamento da coletânea weird west Cursed City - Onde as almas não têm valor. A editora é a mesma que vai publicar a coletânea Underworld of Steampunk e a Steampunk Bible, a
Underworld.

Mas eu não poderia dar esta notícia sem compartilhar também um breve gosto de como vai ser esta história em quadrinhos. Aqui, no blog, vou apresentar o trio de protagonistas no traço de Zambi. Em outro espaço, a página recentemente inaugurada do Cidade Phantástica no Facebook, teremos as imagens da dupla de vilões.    Passem por lá e curtam aquela outra filial deste nosso edifício.

Vamos aos desenhos!

Para começar, o Policial dos Caminhos de Ferro, João Fumaça:



Temos ainda, saído das páginas de Sherlock Holmes escritas por Sir Arthur Conan Doyle, o Rei do Ouro, J. Neil Gibson:


E para completar, pelo menos por aqui, outro empréstimo da pena de Doyle, a noiva de Gibson, Maria Pinto:


O que vocês me dizem? Espero que tenha alguém ai tão empolgado quanto eu com este projeto! Não deixem de conferir os vilões lá no Facebook.

24.1.12

Novos rascunhos de personagens

Há uma semana, no aniversário do blog, postei rascunhos de um projeto de quadrinhos que pretendo levar adiante este ano com o gaúcho radicado em São José Kayuá Waszak. Hoje tenho marcado um bate papo com ele e outro ilustrador muito talentoso que também está morando na minha cidade, o blumenauense  Denis Pacher. Com este último estou recomeçando uma antiga ideia de adaptação de um conto, para o qual ele também já elaborou os esboços a seguir:




Vamos ver se numa happy hour regada à comia árabe saem novas ideias e confirmações de projetos. Fiquem na torcida.

17.1.12

Este é o Barão Noir

No post 666 deste blog, publiquei um trecho inédito de um conto que pretendo ver ganhar forma de uma graphic novel (ou, quem sabe, de uma série delas) em parceria com meu brother Kayuá Waszak. Eis que, bem no dia do aniversário desta página, o cara que atende por @TheWiFi no twitter liberou duas imagens do protagonista da história, uma trama de fantasia hardboiled. Como vocês notarão, com visual inspirado no ator baiano Lázaro Ramos, apresento aos leitores do Cidade Phantástica os primeiros esboços do Barão Noir.



5.12.11

A ficção fantástica de Nautilus Friday

Já faz tempo que acompanho e escrevo por aqui a respeito da webtira Meu Monarca Favorito, do cartunista Tibúrcio. O primeiro post a respeito foi em abril de 2010, quando fiz uma apresentação da série e a classifiquei de "quase steampunk":

Tiburcio, quadrinista e ilustrador conhecido dos leitores por seu trabalho publicado na revista Mad, está desenvolvendo desde o início deste ano uma tirinha na rede com uma ambientação muito próxima aos trabalhos da cultura steampunk. Claramente inspirada nos últimos dias do Império do Brasil, Meu Monarca Favorito narra as desventuras de um rei fictício, de um país fictício, em pleno século XIX, cercado de ameaças à sua coroa.

Com um clima leve, acompanhamos uma série de conspiradores republicanos, civis e militares, cobiçando o poder do Monarca anônimo, mas cujas aparência e personalidade remetem instantaneamente a nosso conhecido D. Pedro II (1825-1891). As webtiras são postadas duas vezes por semana, às quartas-feiras e aos domingos, com algumas postagens intermediárias para apresentar novos personagens ou para dar alguma ilustração de brinde aos leitores, como foi o caso das que permitem a impressão de cédulas do dinheiro que circula naquela monarquia - o mango imperial - ou a que mostra a aparência da bandeira e das armas do país. As atualizações podem ser acompanhadas ainda pelo Twitter do cartunista, o que gerou o desenho perfeitamente steamer do computador ao lado.
Pois em uma nova fase da tirinha, iniciada esta manhã de segunda-feira, o material começa a se aproximar ainda mais da cultura steamer, com uma homenagem explícita ao autor do século XIX que é praticamente seu santo padroeiro. Tiburcio vai começar a apresentar a seus leitores o trabalho de um escritor de ficção fantástica que é claramente inspirado em Jules Verne, já desde o seu nome Nautilus Friday. Em uma série dentro da série, ele começou a publicar trechos do folhetim "Viagem na Mayonaisse", uma ficção fantástica com toques de 20 Mil Léguas Submarinas. Escrito em parceria com Shumora e revisado por André Lasak, o texto metalinguístico reproduz o estilo dos piomeiros da ficção científica. Confiram abaixo a primeira parte dessa viagem (cliquem para ampliar):

2.12.11

O Grande Irmão e o Canalha

Fazia tempo que não me sobrava uma folguinha para resenhar uma HQ para o maior banco de dados de críticas da nona arte do Brasil (e talvez, do mundo). Mas esta semana saiu material novo no UniversoHQ, um comentário sobre um álbum bastante fora do padrão de um de meus personagens favoritos, John Constantine, símbolo maior da Vertigo. A seguir, o início da resenha de Passagens Sombrias, de autoria do romancista Ian Rankin e do desenhista italiano Werther Dell'Edera::


Há mais de uma década, por todo este início de Século 21, o Brasil tem sido assolado pelo sucesso televisivo dos chamados reality shows. Como acontece com fenômenos do tipo, ele tem tamanha abrangência e massificação que divide a audiência entre quem os ama e quem os odeia, restando poucos totalmente indiferentes ao material.
Este lançamento da Panini, com o selo Vertigo, da DC Comics, tem tudo para satisfazer os dois lados públicos.
John Constantine estava levando sua vida de mago underground em Londres até o dia em que chega ao seu apartamento e encontra uma pessoa não convidada lá dentro: o produtor de Passagens Sombrias, programa que submete seus participantes enclausurados em uma mansão a truques para provocar medo.
O problema é que a série de visões e estranhas ocorrências que andam tirando a paz dos seis candidatos a celebridades nos primeiros dias de exibição não é provocada pela equipe da atração. Sua causa é, aparentemente, sobrenatural.
Eis que surge a participação do maior anti-herói da Vertigo, aqui em sua estreia em uma espécie de selo dentro do selo. John Constantine - Hellblazer - Passagens Sombrias é a primeira história publicada no Brasil da linha Vertigo Crime, que enfatiza tramas policiais e de suspense.
Continua

29.11.11

Ação, almanaque de mangá nacional 2

Falei aqui algumas vezes a respeito da Ação Magazine, publicação encabeçada por Alexandre Lancaster, meu colega da pioneira coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário. A primeira delas foi em um post do dia 16 de fevereiro deste ano:

Mais uma notícia envolvendo quadrinhos de interesse para quem curte retrofuturismo. Alex Lancaster está à frente de um projeto que pretende trazer ao Brasil o mesmo modelo usado no Japão para apresentar séries de mangás, um almanaque cuja rotatividade dos títulos dependerá da popularidade de cada obra. Serão os leitores, interagindo com os editores e autores, que determinarão qual série de Ação Magazine terá continuidade em suas páginas. Uma amostra do material que está disponível para apreciação dos leitores pode ser acessado neste endereço, no qual se encontra o número zero da revista...

Agora, a notícia é o lançamento da segunda edição desta publicação que importa para nosso mercado o sistema de produção nipônico, mas com material 100% nacional. A capa do número 2 da Ação Magazine pode ser conferida - e bem ampliada - abaixo:


Se notarem bem as chamadas, uma das matérias em destaque diz respeito justamente ao tem principal deste blog, "a revolução steampunk". Mas o interesse para a comunidade steamer não fica apenas na teoria, pois uma das séries presentes na revista é uma legítima obra retrofuturista em quadrinhos. "Expresso!", justamente de Lancaster, é a versão em quadrinhos do universo que o autor apresentou naquela coletânea da Tarja Editorial de 2009. Veja a seguir, com exclusividade para o Cidade Phantástica, duas páginas da série escrita e desenhada por ele. A primeira delas, tem cores de  Cynthia França. Lembrando que o lançamento da Ação Magazine #2 será nesta quarta-feira, dia 30 de novembro, na Saraiva Megastore do Norte Shopping, Av. Dom Helder Câmara, 5474, Rio de Janeiro - RJ, das 19h as 22h.



9.11.11

Pôster steampunk

Estevão Ribeiro, autor da tira Os Passarinhos e esposo de minha coblogueira Ana Cristina Rodrigues, preparou um presente para os leitores de seu site. Em comemoração a seus novos lançamentos que vão ocorrer no Festival Internacional de Quadrinhos, maior evento brasileiro da área que ocorre neste fim de semana em Minas Gerais, ele deixou à disposição um pôster de seus personagens emplumados em versão steamer. No mesmo post, ele avisa que em 2012 o projeto de uma HQ a vapor de Hector e Afonso, "A peça que move o mundo", será retomado para publicação. Torcendo aqui por mais esta produção steampunk nacional desbravando uma área ainda intocada pelos brasileiros: os quadrinhos.

29.10.11

Heróis na Guerra Civil

O leitor João Norberto comentou em um post do blog em que fiz a chamada para uma das minhas HQs favoritas da linha "O que aconteceria se" da Marvel: aquela sobre o Capitão América em atividade na Guerra Civil americana. Em seu comentário ele deixou o link para artes vetorizadas que fez expandindo aquele universo com outros personagens também envolvidos no maior conflito bélico já travado neste continente. Vale a pena conferir o material na íntegra aqui. Deixo vocês com alguns exemplos, do Capitão América, Batman e Flash, respectivamente.




14.10.11

A nova geração de Perdedores

Escrevi a resenha abaixo para ser publicada hoje no UniversoHQ, mas por desatenção minha não percebi que ela já constava nos arquivos do site - que é um dos maiores, talvez o maior, banco de resenhas de HQs do mundo. Então, para não perder a oportunidade, vou publicá-la por aqui, mesmo não sendo um material ligado ao steampunk. Mas, afinal, a temática da série, sobre teorias da conspiração e jogadas políticas, é uma das minhas favoritas, como sabe quem acompanhava meu outro blog, o dos Terroristas da Conspiração. Boa leitura!

Título: Os Perdedores – Hora do troco

Por Romeu Martins, responsável pelo blog Cidade Phantástica

Editora: Panini

Autores: Andy Diggle (texto), Jock (arte), Lee Loughridge (cores) – Originalmente em The Losers #1 a #6


Preço: R$ 22,90

Número de páginas: 160

Data de lançamento Abril de 2010

Sinopse

Os Perdedores formavam um grupo secreto do governo americano envolvido nas diversas guerras que o país articula mundo a fora. Em uma missão no Oriente Médio, os cinco agentes são abandonados pela CIA para morrer na explosão de um helicóptero. Agora, aliados a uma sexta integrante, ainda ligada àquela agência, eles se preparam para a vingança contra as instituições que os traíram.

Positivo/Negativo

Este encadernado lançado pela Panini não traz o primeiro grupo da DC Comics a levar o nome de Os Perdedores. Originalmente, personagens assim chamados surgiram no final dos anos 60, pelas mãos do autor Rober Kanigher, vivendo histórias durante a II Guerra Mundial.

Eram tempos de um novo tipo de guerra, travada tanto no Vietnã quanto na opinião pública, que levavam artistas de todas as mídias, literatura, cinema, teatro e quadrinhos, a repensarem a participação dos Estados Unidos em outros eventos históricos. Mesmo a participação em um evento tão importante quanto a maior de todas as guerras.

Nada mais era sagrado neste campo. A contestação da contracultura fazia as pessoas reverem antigas verdades absolutas.

Algo semelhante passou a acontecer após o clima de consternação geral do 11 de Setembro, tão logo os EUA se voltaram para aquilo que foi chamado de Guerra ao Terror. Era o clima ideal para um novo time de Perdedores entrar em ação, agora em uma realidade ainda mais midiática e com a contestação à superpotência americana atingindo todas as partes do mundo.

Não é de se admirar que a proposta tenha sido levada para o selo de quadrinhos adultos da editora. E menos ainda que o projeto tenha sido realizado por autores britânicos, conterrâneos daquela geração de Alan Moore, Neil Gaiman, Garth Ennis que fizeram história na Vertigo.

A partir de 2003, quando os acontecimentos em países como Afeganistão e Iraque começavam a invadir o café-da-manhã da população americana, e até 2006, por 32 edições, a nova série ficou por conta dos roteiros de Andy Diggle e seu antigo colega de 2000AD Jock.

As seis primeiras histórias reunidas nesta edição especial mostram o novo grupo em ação, agentes secretos traídos pelo governo e que eram apenas inspirados pelos soldados anteriores. Clay, Roque, Vira-Latas, Jensen, Cougar eram os homens em busca de vingança contra a CIA e, especialmente, a um certo agente de nome (ou codinome?) Max. A eles se junta Aisha, vinda do Oriente Médio e ainda na ativa na Companhia.

Em “Ação entre mortos”, a HQ que abre o álbum, uma boa medida da ação ininterrupta que se poderia esperar da série. Tanta que nem dá tempo de apresentar todos os personagens pelo nome, enquanto eles roubam um helicóptero, e com ele um carro-forte, Aisha desembarca em Nova Iorque, e o básico da motivação do grupo é explicado nas entrelinhas.

O arco seguinte, formado de cinco histórias, mostra uma ação ainda mais ousada dos ex-operativos em solo americano. “Golias” é o título em comum das histórias e o nome da megacorporação que, com seu G maçônico estampado em tudo, está por trás de várias ações ilegais relacionadas com a exploração de petróleo.

Para quem acompanhou – e ainda acompanha – o noticiário a respeito das operações de reconstrução iraquiana, não é difícil descobrir que companhias reais estão representadas por aquela empresa fictícia. Vale o mesmo para o PAR-SEG, grupo de mercenários terceirizados pelos EUA em missões na América Latina e no Oriente Médio.

O texto de Diggle é de uma agilidade impressionante, combinando muitas informações técnicas sobre equipamentos, armas e bastidores do mundo da espionagem com ação e humor bem dosados. É bem verdade que alguns clichês escapam, mas no geral a qualidade é alta

Já a arte de Jock, cujo nome real é Mark Simpson, é mais conhecida pelas capas que faz para a série Escalpo , publicada todos os meses na revista Vertigo . Mais estilizado que realista, ele abusa um pouco das cenas em que os personagens parecem posar para fotos, mas consegue efeitos muito bons com seus ângulos ousados. Em uma grande cena de explosão, por exemplo, imita o efeito de distorção de uma lente de grande ocular, como se estivéssemos vendo tudo por uma câmera de cinema.

Não é à toa que o material chamou a atenção de Hollywood, pois as histórias pareciam mesmo storyboards prontos para serem filmados. Infelizmente, o filme lançado em 2010 foi mal nas bilheterias americanas e foi lançado diretamente em DVD no Brasil. Talvez a concorrência com um material semelhante mas baseado em produto mais conhecido tenha alguma responsabilidade nisso: a adaptação do seriado dos anos 80 Esquadrão Classe A foi produzida no mesmo período de Os Perdedores

Com isso, muitos perderam a chance de ver Chris Evans, o Tocha Humana dos filmes do Quarteto Fantástico, e o atual Capitão América, vivendo outro personagem dos quadrinhos: o falastrão Jensen.

Foi na esperança de que a película ajudasse na divulgação do encadernado que a Panini lançou a série por aqui na mesma época e com chamada na capa: “A história em quadrinhos que inspirou o filme”. Antes dela, a extinta editora Opera Graphica já havia traduzido as mesmas histórias e lançado por aqui com um preço bem mais alto.

Seria uma pena se o fraco desempenho dos cinemas levassem a editora a desistir de publicar as outras 26 HQs de Os Perdedores que ainda restam inéditas no país.

Por ironia, na última página desta revista, a Panini estampou uma publicidade de outra série da Vertigo, Loveless – Terra Sem Lei. Ela estava publicando naquele mesmo mês o primeiro de quatro encadernados que fizeram com que aquele western de Brian Azzarelo fosse o primeiro material do selo a ser inteiramente lançado no Brasil pela editora.

Os Perdedores bem poderiam entrar para esta seleta lista caso os leitores mostrassem mais interesse pelos personagens que os cinéfilos.

Classificação: 4

26.9.11

Descanse em paz, Sergio Bonelli

Se o steampunk é objetivamente sobre o imaginário do século XIX, a pessoa que mais influenciou o que sei a respeito daquele período morreu hoje pela manhã, o editor de quadrinhos italiano Sergio Bonelli. Pelos estúdios que levam o nome de sua família, ele editou a maioria dos quadrinhos de faroeste que li e uma boa parte do melhor relacionado a mistério e a terror. Todos os meses, compro nas bancas as melhores HQs disponíveis em nosso mercado, J. Kendall - Aventuras de uma criminóloga e Mágico Vento. Notem que não falei algumas das, mas as melhores mesmo. Tenho todos os números de Marvel Max, compro todos os meses a Vertigo, da DC, mas nenhuma dessas revistas é tão boa e tão regular quanto aqueles dois fumetti, editados por Sergio Bonelli.

O primeiro, um título de investigação que tem a melhor personagem feminina que conheço nos quadrinhos, é escrito pelo mesmo criador de Ken Parker, uma de minhas série favoritas de todos os tempos, Giancarlo Berardi. O outro, com textos de Gianfranco Manfredi, é uma revista de weird western de primeira, que algumas vezes conta com a presença dos desenhos do outro responsável por Ken Parker, Ivo Milazzo. Graças àquele editor e à sua Bonelli Comics, tive acesso a material de tamanha qualidade durante minha infância, adolescência e até os dias de hoje, passando por uma diversidade de casas editoriais nacionais, da Vecchi à atual Mythos, passando por Record e Globo. Só posso deixar meus agradecimentos a ele, pela missão tão bem cumprida e, para os leitores, alguns links de posts que escrevi a respeito por aqui: Cowboys e Aliens; Weird Western nos quadrinhos - Mágico Vento; e  Cursed City em Mágico Vento.

23.9.11

Homens de aço

Resenha nova no UniversoHQ: desta vez comentei sobre uma minissérie dos quadrinistas americanos Brian Azzarelo e Lee Bermejo reunida em edição única pela Panini. Um dos principais embates do mundo dos quadrinhos narrado do ponto de vista do antagonista dos maior dos super-heróis. Abaixo, segue o trecho inicial, para ler mais, clique aqui:

A capacidade de fazer o leitor vivenciar novas perspectivas, bem diferentes de suas convicções habituais, é uma das habilidades mais ambicionadas por escritores, independentemente da mídia em questão: da literatura aos quadrinhos, passando pelos roteiros de teatro, cinema e televisão.

Como o assunto aqui são as HQs, impossível não lembrar do trabalho feito por Alan Moore na criação do personagem Rorschach em Watchmen como um dos exemplos máximos de tal capacidade de provocar empatia alheia.

O quadrinhista britânico dedicou tamanho empenho à construção da personalidade daquele controverso anti-herói encapotado, que muitos poderiam pensar que ele próprio defende ideias semelhantes.

No entanto, quem conhece algo do criador, um anarquista convicto, sabe que Moore não poderia ter uma ideologia mais distinta daquela defendida por sua criatura fascistoide.

Algo assim foi feito pelo norte-americano Brian Azzarello em relação a um personagem que não é de sua autoria e já ganhou versões diversas pelas mãos de muitos dos melhores profissionais da indústria dos comics. Em Lex Luthor - Homem de Aço, ele permite ao leitor um mergulho em profundidade na mente do grande inimigo do primeiro super-herói da DC Comics.

19.9.11

Conan, Espada & Magia

Bem, meu tempo disponível para o blog ainda está curto em setembro. Queria fazer uma resenha do recente filme de Conan, mas nem a produção me empolgou muito para escrever a respeito, nem sobra muito espaço entre um compromisso e outro para desenvolver algo decente sobre o que achei do filme (resumo: o protagonista nem é tão ruim, mas os coadjuvantes são péssimos; o roteiro é fraco; é razoavelmente bom na parte da Espada, mas muito ruim na de Magia; o 3d é acima da média; o começo é bom, o final é constrangedor). Para não deixar passar a oportunidade de pelo menos citar um de meus personagens favoritos, resolvi resgatar alguns textos antigos para quem se interessar pelo que eu tenho a dizer sobre o assunto de forma mais geral.

O Crônicas da Ciméria é um portal muito bacana, que reúne material produzido pelo criador do bárbaro, o texano Robert E. Howard, e muitos textos analisando o legado do personagem. Lá é possível ler algumas matérias minhas. Por exemplo, esta sobre quando houve a última tentativa de resgate da popularidade do cimério nos quadrinhos:

Conan ganha mais uma chance de fazer sucesso nos quadrinhos

Nem Homem-Aranha, nem Batman, nem os X-Men, nem Super-Homem. No Brasil, o personagem recordista em números de revistas em quadrinhos regulares batizadas com seu nome é um certo bárbaro que foi criado originalmente para figurar em livrinhos de pulp fiction. Agora, chega às bancas uma nova integrante para a lista que inclui Espada Selvagem de Conan; Conan em Cores; Conan, o Bárbaro; Conan Rei; Rei Conan; Conan Saga; Conan, o Aventureiro... (isso tudo fora almanaques especiais, revistas-pôsteres, quadrinizações dos filmes, graphic novels e até as seis edições pré-históricas que rebatizaram o personagem como Harthan, o Selvagem [!]). Conan, a Lenda é um prelúdio, um número zero, que a Mythos Editora lança no Brasil apenas quatro meses depois de sua publicação nos EUA, onde bateu recordes de vendas. A revista, de apenas 20 páginas, serve por sua vez de aperitivo para Conan, o Cimério, a publicação que a partir de abril passará a limpo, todos os meses, a carreira da maior criação de Robert E. Howard (1906-1936).

Tem também esta entrevista que fiz com alguns dos responsáveis pela iniciativa do portal, em que falamos sobre a expectativa de um possível novo filme:

Existe um endereço que é a referência nacional a tudo o que diga respeito a Conan e a Era Hiboriana: (...) Crônicas da Ciméria. Mantido há três anos por Osvaldo Magalhães e mais recentemente em parceria com Alessandro Nunes, que reformulou totalmente o site, o portal antigamente era vizinho d´ O Malaco (o site antecessor do marca Diabo) na HPG. Em seu novo endereço, a home page dedicada ao personagem ganhou contornos profissionais e aumentou o conteúdo aos seus usuários, chamados de Discípulos do Aço entre eles.

Para saber o que esses especialistas em Conan estão achando das novidades a respeito do bárbaro, como sua nova revista e os boatos em torno de um terceiro filme, o Marca Diabo acionou por e-mail o cronista Osvaldo Magalhães e o discípulo Douglas Oliveira Donin. Em suas identidades civis, ambos são bancários e ávidos colecionadores de praticamente tudo o que leva a marca Conan - Donin há 10 anos e Magalhães desde 1987.

E, por último, a resenha da primeira edição daquela revista anunciada anteriormente, Conan, o Cimério:

Quando, em março, escrevi sobre Conan, A Lenda, espécie de número zero da nova publicação mensal do mais famoso bárbaro dos quadrinhos, esperava voltar ao assunto dali a algumas semanas, dessa vez resenhando a aguardada versão atualizada do personagem produzida pela Dark Horse. Mas o tempo passou, o que era para ser algumas semanas virou uma espera de meses, tudo porque o pessoal que vai trabalhar com o material no Brasil, a Mythos Editora, não avisou a seus leitores que a nova revista não chegaria ao mesmo tempo em todo o país. Primeiro foram servidas as bancas do famoso eixo Rio-São Paulo, para só depois o que sobrasse seguir viagem para além da Via Dutra. Tal decisão provocou ira na pequena, mas fiel, torcida do personagem criado por Robert E. Howard. Se alguém acha que estou exagerando, é porque não viu as mensagens furiosas em fóruns e listas de discussões dedicados ao seguidor do melancólico deus Crom. Finalmente, no início de julho, a revista Conan, O Cimério (pelo menos é assim que ela é chamada no expediente, mas na capa o nome do bárbaro aparecesozinho, sem adjetivos) ganhou a tão ansiada distribuição nacional.
Boas leituras!

16.9.11

Weird Cangaço

Olá, amigos! Ana Cristina voltando às ruas enfumaçadas.

(A-há, vocês acharam que eu tinha desistido de ocupar o puxadinho do Cidade Phantástica? Ledo engano. Só estava (mais) enrolada.)

Quando vocês estiverem lendo essa resenha, estarei a caminho de São Paulo. Ou melhor, provavelmente, já estarei lá para acompanhar a entrega do Troféu HQMix desse ano. Não é a primeira vez que vou na cerimônia, mas agora o gostinho é especial, já que meu marido ganhou o prêmio de Melhor Publicação Infanto-Juvenil.

Então, aproveito a ocasião para falar do álbum que ganhou as três principais categorias (Melhor Álbum, Melhor Roteirista e Melhor Desenhista)
deste ano e que tem tudo a ver com vários outros posts do Cidade Phantástica: a graphic novel Bando de Dois, ilustrada e roteirizada por Danilo Beyruth e publicada pela Zarabatana. Li a obra logo após o lançamento, emprestada por um amigo, e comecei a procura para adquirir um exemplar para chamar de meu. Aí entra o grande problema da produção cultural pop brasileira: a distribuição. Ô quadrinho difícil de achar, mesmo nas lojas especializadas aqui do RJ.

Na Bienal, aproveitando a minha jornada heróica nos 11 dias, consegui entrar na Comix antes da criançada que entupia o estande nos dias de semana e finalmente sair com o meu exemplar em mãos!

Capa simpática, né?

Pra começo de conversa, Beyruth é um artista completo. É muito comum termos desenhistas que acham que contar uma história é moleza e saem cometendo atentados contra a arte sequencial por aí. Ou roteiristas que, cansados de lidar com desenhistas, arriscam uns rabiscos indecifráveis. Bando de Dois é a prova que existem casos excepcionais em que um grande desenhista é ao mesmo tempo um contador de histórias sensacional.

Beyruth nos leva até o cangaço, nosso ponto de referência histórica mais parecido com o cenário dos westerns. Traça um relato de vingança, morte e redenção acompanhando os dois últimos sobreviventes de um bando destroçado pela Volante, a tropa que patrulhava o sertão em busca de cabeças dos bandidos, garantia de recompensa na capital.

Os dois aliados tem motivações diferentes. Tinhoso recebe dos espíritos do bando a incumbência de garantir-lhes o repouso final, enquanto Caveira de Boi está atrás de um tesouro cujo mapa ficou no tapa-olho de um dos mortos. A partir desse começo, acompanhamos os dois enquanto traçam um plano de ação e o executam, tentando sempre estar um passo a frente do malicioso Tenente Honório.

A história é bem amarrada, com pouquíssimas pontas soltas (tem um ex-cangaceiro que ajuda os dois até um certo ponto e depois some), situações bem resolvidas e com um ritmo narrativo surpreendente. Beyruth consegue usar uma linguagem quase cinematográfica sem parecer forçado ou sem timing, dando os ganchos e as explicações na hora em que devem surgir na história.

Beyruth sabe que falar fácil é difícil e segue isso no contar da história, sem abusar de firulas ou de desvios que às vezes são tão comuns nos quadrinhos brasileiros.

E a arte é uma coisa maravilhosa.

Já sendo um desenhista excelente desde a época em que publicava o zine do Necronauta (uma das experiências brasileiras mais interessantes na área de super-seres), em Bando de Dois, Beyruth extrapola. Na luz estourada do sertão, ele consegue fazer um jogo de claro/escuro de dar inveja a pintores renascentistas.




Recomendo MUITO a leitura do álbum! E parabéns ao Danilo Beyruth pela conquista tripla!

Nova resenha, ainda nos anos 30

Minha resenha mais recente no Universo HQ continua na década de trinta e com cenários típicos do dieselpunk. Desta vez foi o encadernado de Projeto Marvels, minissérie de Ed Brubaker e Steve Epting que comemorou o aniversário de 70 anos dos primeiros personagens da Marvel Comics. Segue um trecho e o link:


No mês em que a "Distinta Concorrência" (a DC Comics) zera sua cronologia mais uma vez, é uma boa pedida ler ou reler a minissérie que celebrou e deu uma nova sensação de continuidade à trajetória da Marvel, desde seus primórdios, quando a empresa ainda se chamava Timely Comics.

Lançada com acabamento de luxo e em uma única edição pela PaniniProjeto Marvels foi originalmente pensada como uma minissérie em oito partes, para comemorar os 70 anos da "Casa das Ideias", em 2009, contando um tempo antes da revolução que Stan Lee trouxe à editora a partir dos anos 60, com a criação do Quarteto Fantástico, dos X-Men, do Homem-Aranha e outros personagens.

O foco aqui era o final da década de 1930, os anos que anteciparam a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, e quando a Timely, inspirada no grande sucesso da, então,National Periodicals (um certo Superman), começava a lançar seus próprios superseres para combater o mal e vender milhões de revistas de quadrinhos. Era a época do Tocha Humana original, do Namor, do Capitão América e companhia.

Para recontar essa história e agrupar toda essa bagagem em uma mesma linha do tempo, foram convocados dois artistas que revitalizaram aquele mesmo Capitão América nos últimos anos. O roteirista Ed Brubaker e o desenhista Steve Epting ganharam a chance de imprimir uma inédita coerência entre o passado da Timelye o presente da Marvel, preenchendo uma infinidade de lacunas.

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2.9.11

Filhos da Depressão

Sexta-feira, dia de resenhas no Universo HQ e foram postadas duas milhas por lá, que é o maior banco de dados de críticas de quadrinhos do Brasil. Além dos meus comentários sobre o segundo volume do mangá feito na Austrália Hollow Fields, há um texto sobre lançamento do mês que é bastante interessante para quem gosta de anacronismos na ficção. X-Men Noir lança os conhecidos personagens da Marvel nos anos 30, exatamente na mesma linha que já havia sido feita - e comentada por aqui - com o Homem-Aranha. A diferença é que nesta nova adaptação, o roteirista Fred Van Lente teve a ousadia de retirar os poderes que tornaram os mutantes tão famosos e aplicar neles uma abordagem bem mais inusitada. Segue o início da resenha:


E se no lugar dos filhos do átomo os X-Men fossem filhos da depressão? Ou seja, e se em vez de terem sido criados na década de 1960, pela dupla Stan Lee e Jack Kirby, na época da paranoia de uma guerra nuclear entre as duas superpotências, os mutantes tivessem surgido nos anos 30, tempos difíceis para a economia norte-americana e famosos pelos filmes de detetives e pela literatura pulp?

Esta foi a proposta de uma minissérie em quatro partes lançada nos Estados Unidos em 2010 e que foi encadernada no Brasil pela Panini em uma edição luxuosa, com papel de primeira, capa dura e preço camarada. 

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26.8.11

Minha estreia no Universo HQ

Certamente é possível contar nos dedos de uma só mão a quantidade de endereços da internet que visito diariamente há mais de dez anos. O Universo HQ é um desses locais, sem a menor dúvida. Virou um hábito em algum momento da manhã, entre um compromisso e outro, acessar as notícias do site. E desde que entrei para o twitter, no dia 22 de abril de 2009, quase todos os dias repasso alguns links de lá para as pessoas que me seguem, boas discussões já nasceram desse outro hábito arraigado. Pois hoje, dia 26 de agosto, o prazer de acessar e compartilhar alguma novidade daquele endereço multipremiado é bem maior, uma vez que acabo de estrear em seu time de resenhistas. A ideia surgiu em uma conversa com o editor do site, Sidney Gusman, na edição deste ano da HQCon e acaba de ser posta em prática na atualização de sexta, o dia em que são postadas as análises críticas de quadrinhos atuais e mais antigos, naquele que já é há muito o maior banco de resenhas da internet brasileira dedicada às HQs. O meu primeiro texto foi sobre a edição de lançamento de um minissérie steampunk, o mangá Hollow Fields, produzido pela australiana Madeleine Rosca. Nas próximas semanas, sempre às sextas, saem as resenhas das duas outras edições publicadas no Brasil pela editora NewPOP. Conto com a leitura dos amigos.