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24.1.12

Resenha e sorteio de Deus Ex Machina

O blog Empório dos Livros está promovendo o sorteio de uma edição da coletânea steampunk Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor. A responsável pela página, Vivi Guarapari, fez uma resenha absolutamente honesta da obra, deixando claro que não sentiu afinidade pelo gênero, mas ressaltou a qualidade de alguns contos, entre eles o meu, como pode ser lido abaixo:

Os contos são muito bem escritos. Analisando puramente a história proposta (sem entrar no mérito de interagir intensamento com ela) eu gostei da forma como 'A Diabólica Comédia - A Conquista dos Mares' (Romeu Martins) foi contada, dando uma alternativa interessante numa batalha onde um anjo e um demônio se juntam para guerrear. A música 'The Battle of Everymore' foi uma ótima trilha sonora para início de capítulo. Feliz escolha do autor.
Para participar do sorteio e ler a resenha completa, é só clicar neste link.

9.11.11

Vapor e mitologia em prol da literatura fantástica

O título acima é o mesmo da mais nova resenha que o livro Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor recebeu no blog da escritora Carol Mancini. Minha colega em outra coletânea da editora Estronho, Cursed City - Onde as almas não têm vez fez uma análise bastante detalhada de cada conto daquela antolgia e me deixou uma pergunta no ar. Vou fazer os procedimentos tradicionais daqui, postando o início do texto e o trecho que se refere ao meu conto, remetendo à íntegra, logo abaixo. Em seguida, volto para responder a pergunta:

“Deus Ex Machina” é outra das antologias da Editora Estronho com chamada e proposta criativa, que se diferencia também pelo capricho da edição. Em uma ambiente bastante saturado da literatura fantástica que é a “Guerra entre anjos e demônios” , os organizadores optaram por mesclar ao enredo a tecnologia Steampunk como objeto principal de trabalho para os escritores, ou até mesmo pano de fundo. De fato, não é uma temática fácil, e no final foram selecionados doze escritores que se juntaram ao convidado Romeu Martins, todos para nos contar de diferentes pontos de vista, e com bastante criatividade, caminhos e desventuras dessa grandiosa batalha.
O prefácio ficou por conta de Bruno Accioly, que nos indica que a viajem é para além de uma literatura de ficção sim, mas ficção de um passado que nunca existiu, (como é de fato uma característica do Steampunk), e que nesta feita, alinha-se ao celestial e ao improvável. Aqui, encontramos já o estilo um pouco mais rebuscado e de parâmetros cultos na escrita, o que esteticamente falando, já nos remete pela própria estrutura à época onde o gênero Steam é passado. Estilo esse que, em muitos contos, torna a aparecer.
Assim, aviso. Para os leitores desacostumados ou que preferem a simplicidade do coloquial pode não ser o tipo de obra a ser mais apreciada, mas tanto aos leitores que não se importem de por as engrenagens do seu cérebro para funcionar no desbravamento dessas frases ou para àquele que já está acostumado, “Deus Ex Machina” será um deleite de forma e conteúdo.
"Observação. Sempre que o termo “guerra” for utilizado, me refiro à guerra fictícia sugerida como proposta da antologia, e o termo “tecnologia” ao próprio gênero Steampunk.
Em segundo lugar, não sou uma entendida deste mesmo gênero, assim sendo, não avalio em nenhuma hipótese o quanto o que é apresentado se enquadra mais ou menos nesta temática."

Quem abre as narrativas é o convidado Romeu Martins (mais sobre ele e seus trabalhos no blog Cidade Phantastica) com “A diabólica comédia” (seria uma referência direta à "A divina comédia" de Dante?). Um conto onde interesses pessoais falam mais forte do que o “sangue” nessa batalha. Ele cruza diferentes mitologias levando a história aos primórdios da guerra. A tecnologia é um ponto interessante colocada sem prejudicar a fluência da leitura. Tudo bem equilibrado e com ótimas imagens.

Continua

A respeito da dúvida de Carol: o título completo do meu conto, "A Diabólica Comédia - A conquista dos mares", faz mesmo referência à obra mais conhecida do poeta Dante Alighieri, mas não apenas a ela. Quando meu caro confrade Cândido Ruiz, um dos organizadores do livro ao lado de Tatiana Ruiz e de M. D. Amado, me convidou para escrever algo para Deus Ex Machina unindo a temática steampunk com as figuras de anjos e demônios, apesar de ter aceitado na hora fiquei numa dúvida e tanto. Deveria escrever algo usando o cenário da noveleta "Cidade Phantástica" ou fazer algo novo?

O motivo da dúvida era que aquela mundo que dá nome a este blog tem algumas regras que eu me impus, sendo a mais notável que o seu protagonista, João Fumaça, só contracenaria com personagens já existentes, tomados de empréstimo de outros criadores. Sendo assim, até pensei em uma trama envolvendo meu agente da Polícia dos Caminhos de Ferro, o arcanjo Rafael, um cenário baseado em Demônios de Aloízio Azevedo e uma certa figura da mitologia greco-romana. O problema é que para desenvolver tudo aquilo eu precisaria de mais espaço que o estipulado para a coletânea que estava em desenvolvimento.

Sendo assim, decidi que usaria um outro universo para situar minha contribuição para o livro. A escolha recaiu em uma outra história que eu havia escrito, em 2008, para o blog Letra e Vídeo, criado por Ana Cristina Rodrigues. Como o nome sugere, a ideia daquele espaço era a de que os escritores escolhessem um vídeo musical e escrevessem algo inspirado nele. Minha contribuição na época foi o conto "A Diabólica Comédia", baseado na música "Ave, Lúcifer", da banda brasileira Os Mutantes. O disco em que saiu aquela música, de 1970, tem um nome duplo, é conhecido como Ando meio desligado ou ainda.. A Divina Comédia.

Sendo assim, aquele primeiro conto (cuja versão mais recente pode ser lida na revista Hyperpulp) foi batizado parodiando o nome de um disco que por sua vez citava o livro de Dante. Para escrever a continuação, mais uma vez recorri a uma inspiração musical (desta vez foi "The battle of evermore" da banda britânica Led Zepellin, a característica mais marcante daquele universo). Portanto, para marcar que "A conquista dos mares" fazia parte de uma história maior, deixei o "A Diabólica Comédia" no título completo do conto de Deus Ex Machina.

28.10.11

Nova resenha de Deus Ex Machina

Acabo de receber uma nova avaliação da coletânea da editora Estronho para a qual fui o autor convidado: Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor. O autor da crítica é conhecido deste blog, Pedro Dobbin, que foi o vencedor no sorteio feito por aqui de uma outra coletânea, a Vaporpunk, da editora Draco. Ele fez uma resenha completa, de cada um dos contos, e ainda do material adicional do projeto gráfico, elaborado por M. D. Amado, que também é um dos organizadores da compilação, ao lado de Cândido e Tatiana Ruiz. Vamos ao texto, que publico aqui, na íntegra, conforme foi enviado por Dobbin.




Deus ex machina: Anjos e Demônios na era do vapor.
Editora Estronho, 2011, 200 páginas

Deus ex machina: Anjos e demônios da era do vapor tem a proposta de unir a temática Steampunk com o fascinante assunto de anjos e demônios. Trabalho dobrado para os autores da coletânea e também para os organizadores.

A capa e as ilustrações no interior por si só já valem uma folheada. Antes de cada conto temos uma apresentação do autor e ilustrações na temática Steampunk. Os autores são chamados de operadores e as páginas de caldeira. Dirigíveis, locomotivas a vapor, medidores de pressão podem ser vistos entre os contos. A editora Estronho mandou junto com o livro um botom e um marcador de livro, fazem um bom conjunto.

A diabólica comédia - A conquista dos mares
Romeu Martins
Numa batalha pelo controle dos oceanos, a nau capitânea dos demônios, um submergível, mostra todo o seu poder. A descrição dos artefatos de guerra é muito bem detalhada e a história da disputa pelo poder entre demônios, arcanjos e deuses olimpianos fascina. Quando a história termina percebemos que essa foi uma batalha de uma guerra que ainda pode durar muito. Excelente.

A seita do Ferrabraz
Paulo Fodra
Anjos e demônios em boa forma. Mas quem são os bons na história? Quem deseja de uma forma ou outra garantir a sobrevivência da humanidade? Final supreendente de uma história cativante.

Anhanguera
Norberto Silva
Um padre faz de tudo para conquistar os fiéis e o preço é alto, a felicidade não é o paraíso que as pessoas pensam. Interessante ver o papel do Anhanguera que dá título ao conto.

O dia do grande Uirá
Davi M. Gonzales
Curtíssimo, tem o mérito de mostrar dois lados de uma história. De um lado um indigena e do outro o português, o império britânico é o vilão e o grande saqueador de recursos.

Neflin
Carlos Machado
Trabalhos de terraplanagem revelam restos humanos e não humanos. As pesquisas que seguem irão levar a conclusões inesperadas. A história que se segue é eletrizante.

Zeitgeist – Brigada anti incêndio
Yuri Wittlich Cortez
Um bispo patrocina a construção de uma máquina voadora para, literalmente, alcançar o céu. O papel da brigada anti incêndio não é exatamente o de apagar incêndios. Com alguns toques de humor, a história se desenrola de forma fantástica. É o mais divertido dos contos do livro.

O Sheol de Abaddon
Alliah
Um anjo e um demônio unem forças para caçar um rebelde, aliança improvável e mais improvável ainda é a existência deste rebelde. Vale a pena ver os motivos de tal rebeldia e divertir-se com as trabalhadas da dupla de protagonistas.

Avatar de anjo
Georgete Silen
Um anjo vai ao inferno para recuperar um artefato. A forma como ele, ou melhor ela, consegue isso é bastante original.

A obscura história da Sterling Railways
O. S. Berquó
A construção de um túnel para uma ferrovia encontra um portão de aço. A história da interrupção da construção e do sumiço de todas as informações a respeito é descoberta por um estudante em um livro antigo. Em alguns momentos me lembrou os contos de H. P. Lovecraft.

O pai da mentiras
Lenilson Lopes
Batalha épica entre anjos e demônios. Enredo interessante e bem elaborado. O papel de um dos anjos no conflito foi muito bem elaborado.

A máquina dos sonhos
Daniel I. Dutra
História de como uma máquina capaz de ver os sonhos das pessoas pode ser usada para o trabalho de alguns anjos. Também me lembrou em alguns momentos os contos de H.P. Lovecreft.

Os relógios pensantes de sua majestade
Alex Nery
Um cientista tem seu invento utilizado para propósitos bélicos. Muito bem mostrado o dilema e as escolhas do criador ao ver a criatura ser utilizada para fins diferentes dos que desejava.

Cálico: entre o céu e o inferno
Rebeca Bacin
Conto em ritmo de aventura. Bem escrito e envolvente. Uma mulher e um anjo lutam para impedir a detonação de uma bomba.

Conclusão


Apesar de alguns contos deixarem a desejar no atendimento à temática proposta a qualidade de todos é inegável e alguns são mesmo excelentes. Entre estes posso citar “A diabólica comédia - A conquista dos mares”, “A seita do Ferrabraz”, “Anhaguera” e “A máquina dos sonhos”. As ilustrações e fotografias contidas no livro são um bonus a parte e acrescentam valor ao mesmo. O conjunto como um todo é ótimo e vale a pena a leitura.

9.10.11

Resenha de Deus Ex Machina

Uma ótima resenha conto a conto da coletânea Deus Ex Machina pode ser lida no Blog do Pai Nerd. O autor analisou não apenas os textos mas também vários outros elementos editoriais do livro lançado este ano pela editora Estronho. Vou destacar o início do comentário até chegar a meu conto e deixar o link para a leitura completa ao final:


Deus ex machina – Anjos e Demônios na era do vapor.  Organizadores: Candido Ruiz, Tatiana Ruiz, M. D. AmadoAutores: Alex Nery, Alliah, Carlos Machado, Daniel I. Dutra, Davi M. Gonzales, Davi M. Gonzales, Georgette Silen, Leonilson Lopes, Norberto Silva, O. S. Berquó, Paulo Fodra, Rebeca Bacin, Yuri W. Cortez  
Editora: EstronhoAno: 2011208 páginas

Sinopse: A expressão latina Deus ex machinapode ser interpretada como Deus é a causa e é usada em literatura quando uma situação insolúvel é resolvida com um elemento inesperado e fora do contexto, uma “forçada” de mão do autor que é o Deus da história. No caso aqui os organizadores resolveram dar o sentido que o senso comum dá à expressão: Deus é a  máquina, já que reúne Deus e máquina na mesma frase e é justamente isto que a coletânea se propõe. Uma mistura de gêneros terror com anjos e demônios e steampunk.
Um dos riscos quando se mistura gêneros é a falta de equilíbrio entre eles, acabando por um deles prevalecer e outro ficar forçado, apenas para cumprir tabela. Neste quesito, os organizadores conseguiram harmonizar o conjunto, com um bom resultado.
A capa esta boa, como tem sido as capas da Estronho, e as ilustrações do interior também, onde a editora continua buscando originalidade. Cada conto é precedido por uma ilustração em uma apresentação do autor e está numa “caldeira”, numerada com o número da página de início e o autor identificado como seu operador.
Há um senão: a combinação do papel sem tratamento (atualmente sendo chamado de “ecologicamente correto”) e desenhos e letras escuras acabou prejudicando a leitura da apresentação dos autores e, em alguns casos, até do nome do conto.
A Diabólica Comédia  - A Conquista dos Mares
Operador: Romeu Martins
O título é uma paráfrase de a Divina Comédia. Um submarino, comandado por um demônio enfrenta hordas de anjos em máquinas voadoras. Emocionante. Em alguns momentos chegamos a torcer pelo demônio.
Alerta de Spoiler!O que está em jogo? O domínio dos mares, já que o inferno é de Lúcifer e o céu de Deus. Uma boa sacada.
Continua

28.9.11

Anjos e Demônios autografado

Falei no post anterior da coletânea Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor, que ganhou um booktrailer de dois minutos no YouTube. Pois agora, quem pode ganhar o livro é o caro leitor e com direito a autógrafos de quatros dos escritores presentes na obra. A iniciativa é de Celly Borges, revisora do livro e primeira-dama estronho, e seu blog Mundo de Fantas. Para concorrer nesta promoção, entre neste link e siga as regras. Boa sorte!

27.9.11

Booktrailer de Deus Ex Machina

Assistam ao vídeo de dois minutos que M.D. Amado, da editora Estronho, produziu para promover a coletânea steamer Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor. Lembrando que naquelas páginas estou presente com o conto "A Diabólica Comédia - A Conquista dos Mares". Disponível no canal da editora no YouTube.

2.9.11

Kit Steampunk na Loja Estronho

Três livros. Mais de trinta contos. Boa parte da produção steamer brasileira que tanto despertou interesse dentro e fora do país. Tudo isso está à sua espera, com um desconto imperdível, na loja virtual da Estronho.

São as coletâneas Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, da Tarja Editorial, com minha noveleta "Cidade Phantástica"; Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor, com meu conto "A Diabólica Comédia - A conquista dos mares"; e Steampink, com o prefácio que escrevi para o primeiro livro só com contos de escritoras nacionais dentro do gênero. Tudo isso com um desconto de R$ 26, 00. Aproveite! Você pode comprar o Kit Steampunk clicando aqui. Boa leitura!

15.7.11

Saiu a degustação de Deus Ex Machina com meu conto

Caríssima Malta do Vapor, está a disposição dos leitores um dos contos que mais me deu orgulho e alegria em escrever, pois foi resultado de um convite que muito me honrou. Já descrevi a trajetória desde a criação até a confirmação do texto em uma série de posts neste blog, mas rememoro brevemente. No final do ano passado, fui convidado pelo casal Cândido e Tatiana Ruiz para fazer parte de um projeto organizado por eles para a editora Estronho, uma inusitada mistura de steampunk com elementos mitológicos. Convite aceito, escrevi em tempo recorde uma narrativa que dá continuidade ao meu miniconto "A Diabólica Comédia", recentemente publicado, em português e em inglês, na edição inaugural da Hyperpulp. "A Conquista dos Mares" expande aquele universo que tenta unificar em um mesmo mundo mitologias pagãs e a tradição Judaico-Cristã, agora acrescido de fortes elementos steamers e com direito a trilha sonora do Led Zepellin.



O resultado pode ser lido agora, integralmente, na degustação que a editora deixou à disposição de seus leitores de Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor (basta clicar na capa e um arquivo em pdf vai ser aberto em seu computador ou leitor digital). Fico duplamente feliz porque, além de estar ao lado de ótimos escritores e escritoras (este livro vai ser a primeira coletânea steampunk mista do Brasil, após duas apenas com homens e uma com mulheres) na edição em papel, estou em um ebook igualmente caprichado, que já foi baixado por mais de 40 pessoas apenas nas primeiras horas, ao lado do prefaciador da obra, Bruno Accioly. Para os futuros leitores é uma oportunidade de conferir o projeto gráfico, mais uma vez a cargo de M. D. Amado, que inclui neste volume uma novidade e tanto: algumas das páginas ilustradas do livro sairão da gráfica coloridas. O lançamento vai acontecer, juntamente com a antologia Steampink, durante a Fantasticon, daqui a exatamente um mês.

5.4.11

Os autores e os contos de Deus Ex Machina

A próxima coletânea nacional dedicada ao steampunk já tem sua lista de autores e de contos definida. Com a inusitada mistura de elementos steamers e temática envolvendo a luta entre seres do Céu e do Inferno, Deus Ex Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor vai trazer o cabalístico número de 13 histórias em suas páginas, escolhidas entre as quase meia centena de textos enviados para apreciação dos editores, o casal steamer Cândido e Tatiana Ruiz além de M.D. Amado, da editora Estronho. Como já havia antecipado aqui, tive a honra de ser chamado para ser o escritor convidado desta edição, e agora fico feliz em conhecer os doze colegas que estarão presente no livro comigo. No segundo aniversário deste blog, divulguei os parágrafos iniciais do meu conto "A conquista dos mares", uma fantasia dentro do universo do miniconto "A diabólica comédia", estejam convidados a conhecê-lo ou até mesmo reler esse tiragosto.

A segui, republico a mensagem da Editora Estronho aos escritores que participaram do projeto, também deixando meu agradecimento a todos, autores, editores e leitores que deram sua contribuião para essa ideia seguir em frente:


Olá, estronhos,


Chegamos ao final da seleção de Deus Ex Machina, Anjos e Demônios na Era do Vapor, com 42 contos inscritos, válidos e mais 3 fora do regulamento.

Para acompanhar nosso autor convidado Romeu Martins (Conquista dos Mares), temos os anjos e demônios a seguir: Alex Nery (Os relógios pensantes de Sua Majestade), Alliah (O Sheol de Abadoon), Carlos Alberto Machado (Nefelin), Daniel Itruvides Dutra (A máquina dos sonhos), Davi M. Gonzales (O Dia do Grande Uirá), Fergusson (A Obscura História da Sterling Railways), Georgette Silen (Avatar de Anjo), Leonilson Lopes (O Pai das Mentiras), Norberto Silva (Anhanguera), Paulo Fodra (A Seita do Ferrabraz), Rebeca Bacin (Cálico: entre o céu e o inferno) e Yuri Wittlich Cortez (Zeitgeist - Brigada Anti-Incêndio)

Muito obrigado a todos pela participação (selecionados ou não),

Atenciosamente,
Tatiana Ruiz, Cândido Ruiz e M. D. Amado

17.1.11

Feliz aniversário, Envelheço na cidade 2

No dia 17 de janeiro de 2009, esta página entrava no ar com o trecho inicial da noveleta que lhe emprestou o nome e que acabou sendo publicada na coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário da Tarja Editorial. No mesmo dia e mês do ano seguinte, publiquei o início de uma outra noveleta, ainda inédita mas que deverá sair em uma coletânea de outra editora. Hoje, para comemorar o segundo aniversário deste blog, aqui vai o começo do conto "Conquista dos mares", a ser publicado em breve na coletânea Deus Ex-Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor, da editora Estronho - cujo dono, o incasável M. D. Amado, também completa anos hoje, por uma grande coincidência.

Eu havia falado do convite para participar daquele livro em dezembro, mas ainda não comentei nada sobre o conto. Este, ao contrário dos outros textos steampunks que cometi, não é protagonizado pelo agente da Polícia dos Caminhos de Ferro, João Fumaça. Como a proposta da coletânea, organizada pelos confrades Cândido e Tatiana Ruiz, envolvia o combate entre anjos e demônios, resolvi escrever uma continuação do meu miniconto de fantasia "A diabólica comédia". Em "Conquista dos mares", vamos ver alguma das consequências do golpe de estado que mudou o poder no Inferno e como o novo regente se comporta na guerra contra antigos aliados, tudo isso envolvido com elementos steamers. Como aconteceu com o primeiro conto, inspirado em "Ave, Lúcifer", dos Mutantes, este também partiu de uma inspiração musical, como fica claro pela citação inicial. Espero que gostem da amostra, agradeço a leitura em mais este ano de atividade do blog e deixo meu parabéns para o Cidade Phantástica e para o meu novo editor.




A Diabólica Comédia – A conquista dos mares

Oh, in the war is common cry
Pick up you swords and fly
The sky is filled with good
And bad that mortals never know

“The Battle of Evermore”, Led Zepellin

A bocarra se arreganha ao despontar sobre as águas que o monstro atravessa como se fosse uma serpente prestes a dar o bote. Seu corpanzil negro vem logo atrás; metade submersa, metade para fora dos vagalhões que sua passagem provoca. Entre as duas fileiras de dentes, posicionados num cortejo de lâminas afiadas, a fera regurgita faíscas incandescentes. É possível ver as chamas arderem lá dentro, irrompendo vez por outra feito o magma dos vulcões, expelidas como o veneno encarnado de suas peçonhas. Em momentos assim, o brilho do fogo se reflete nas grossas escamas que protegem cada parte de sua forma bestial. Das narinas do monstro, dois buracos que se assemelham a crateras lunares, são liberadas nuvens negras e ondulantes, empesteando os céus da mesma forma que sua simples presença conspurga o oceano de onde acabou de brotar.

Este é Raab, “O Arremetedor”, a encouraçada nau-capitânea submergível da frota dos infernos. Ela segue seu rumo com as caldeiras exigidas ao máximo para produção do vapor que impulsiona a ela e à sua tripulação sempre em frente, ao encontro do inimigo nestes tempos de guerra. Assim que emerge, aquilo que seria o dorso da criatura reptiliana que ela representa se abre, dando à máquina bélica uma configuração de navio, e expondo parte dos tripulantes aos ares oceânicos.

Nesta noite de trevas tão densas que obrigam a luz dos olhos da figura de proa a brilhar como sóis, o comandante da nave aproxima-se de seu novo rei. O primeiro enverga a pesada armadura que o consagrou, feita de placas metálicas negras, formando uma carapaça sólida. O segundo veste as roupas cerimoniais herdadas do antigo ocupante do cargo que, por ora, assumiu como seu.

10.12.10

Uma honra mais do que inesperada 2

Isso está ficando cada vez melhor. Acabo de descobrir quem vai ser o prefaciador da coletânea Deus Ex Machina - Anjos e demônios na era do vapor. A informação está na apresentação do projeto, no site da editora Estronho:

Os calendários são simplesmente ignorados por aqueles que combatem pelo bem ou pelo mal, numa guerra sem vencedores. As grandes batalhas distribuem louros entre os dois lados, em uma dança milimétrica da balança. Mas esse equilíbrio esteve ameaçado em uma época em que a elegância do vestuário das senhoras e cavalheiros convivia, não sem uma ponta de contradição, com o peso e a estranheza dos acessórios e equipamentos utilizados por uma civilização que começava a descobrir as maravilhas da tecnologia.

Anjos e demônios escolheram aquele tempo, utilizando-se de todos os artifícios armamentos e equipamentos possíveis, e encenaram algumas das mais terríveis batalhas de que a humanidade já presenciou. De conflitos e duelos isolados a confrontos sangrentos entre os exércitos das trevas e da luz.


Essa é a proposta de Deus ex machina: anjos e demônios da era do vapor. Leia o regulamento e envie seu conto. Entre em uma das batalhas e participe dessa elegante guerra entre os bem e o mal.

Com organização de Cândido Ruiz, Tatiana Ruiz e M. D. Amado. Autor Convidado: Romeu Martins. Prefácio de Bruno Accioly

Já estão disponíveis também o regulamento para o envio de contos para o livro e a minha ficha como autor da editora. Como eu disse, isso está ficando cada vez melhor.

9.12.10

Uma honra mais do que inesperada

Caríssimos amigos da Malta do Vapor, acho que só me conhecendo um pouco para ter ideia do quanto estou emocionado neste momento. Desde que comecei com a mais honesta das despretensões a escrever ficção ali pela metade final de 2008 que só surgem boas notícias deste mundo da ficção científica, fantasia e horror. Mas desta vez o pessoal se superou em me surpreender. Como acabou de ser noticiado no blog Café de Ontem em primeiríssima mão fui chamado para ser escritor convidado em uma nova coletânea da editora Estronho (capitaneada, aliás, por M.D. Amado, que estava presente no livro que publicou meu primeiro conto, Paradigmas #1). Até aí, eu já sabia, bem como o tema do livro, claro, e o fato de a organização ficar a cargo do meu querido casal steamer Cândido Ruiz e Tatiana Ruiz (Lady Bigby). Agora tudo o mais, passando pela capa e pelo título, foram novidades até para mim, acreditem.


E que novidades! Deus Ex-Machina - Anjos e Demônios na Era do Vapor é o título, escolhido pelo publicitário e escritor Rober Pinheiro. A capa, deslumbrante em minha honestíssima opinião, é a que segue abaixo, criação do próprio dono da editora:



Assim que eu tiver mais detalhes e a autorização para divulgar um trecho do meu conto - "A conquista dos mares" - podem ter absoluta certeza de que terei prazer em anunciar.