30.10.12

Tacando o terror no It's

Recentemente dei uma entrevista para o Portal It's em Florianópolis sobre literatura de terror. O material ficou muito legal, enfocando além dos livros o mundo do teatro. Neste endereço, você pode ver o resultado da conversa com o repórter Igor Lima e o câmera Leonardo Russo nas Livrarias Catarinense, no qual falo um pouco da experiência de ter escrito contos para o livro Deus Ex Machina: Anjos e Demônios na Era do Vapor e para a vindoura coletânea de super-heróis. Confiram lá.


17.10.12

Sociedade underground

A resenha a seguir foi enviada pelo colaborador Pedro Dobbin, do Rio de Janeiro.

Autora: Cherie Priest
Tradutor: Fabio Fernandes
Ano: 2012
 Páginas: 416
 Editora: Underworld

 Cherie Priest é consagrada autora norte-americana que criou o Clockwork Century Universe, do qual Boneshaker é o primeiro da série e que temos a oportunidade de ver na excelente tradução de Fabio Fernandes. Podemos ver mais sobre esse universo, em inglês em http://theclockworkcentury.com/

 A capa do livro é idêntica à original e chama a atenção por si própria. A diagramação, o trabalho gráfico e a revisão estão excelentes. É o primeiro livro da Editora Underworld que leio, mas confesso que fiquei bastante impressionado com o cuidado e profissionalismo. Podemos esperar ótimas edições, em especial dos projetos Steampunk desta editora.

 A história faz juz ao gênero Steampunk, todos os elementos estão lá presentes. Numa Seattle da segunda metade do século XIX, durante a Guerra Civil americana, a corrida do ouro fez com que um inventor, Leviticus Blue, criasse a incrível máquina perfuratriz Boneshaker. Durante o que poderia ter sido um teste, ou mesmo uma ação calculada, essa máquina irrompe do porão de sua casa e inicia uma caminhada subterrânea e mortal, retornando à casa depois de deixar um rastro de destruição no centro da cidade. Além disso, por um incrível azar a máquina atinge um veio de gás que acabou por mostrar-se mortífero e, o que é pior, tornando zumbis os afetados por ela.

 Uma muralha imensa é construída para conter o gás e isolar os zumbis. Toda uma sociedade underground acaba por constituir-se lá dentro. A história propriamente dita começa 16 anos depois da catástrofe, quando a viúva Blue (esposa do cientista citado acima) é obrigada a entrar na parte isolada da cidade em busca do seu filho.

 A história é muito bem contada, com ação de tirar o fôlego, principalmente nos momentos finais, e embora os personagens, à exceção da viúva Blue, pudessem ser mais desenvolvidos, é rica de pormenores e aqueles que, como eu, adoram a temática Steampunk, com seus aparelhos tecnológicos (dirigíveis, braços mecânicos, etc.) e sua estética, ficarão bastante satisfeitos e ansiosos pela publicação dos outros títulos do universo criado por Cherie Priest.


15.10.12

Um vislumbre da Cidade Phantástica

Dia desses, no Facebook, o grande pintor digital Raqsonu Duhu fez um convite a seus amigos do site: queria que propusessem ideias de cenários para ele produzir. Aproveitei a oportunidade para sugerir um Rio de Janeiro mais industrializado, do século XIX, no qual se ergueria no morro do Corcovado uma estátua em honra do Imperador D. Pedro II. Sim, quem leu minha noveleta homônima a este blog reconheceu do que eu estava falando. O resultado saiu na pintura que pode ser conferida abaixo:


Não ficou phantástico?

11.10.12

Super Realismo, a exposição

Deu no UniversoHQ, a principal fonte de informações sobre quadrinhos do Brasil, uma chamada para a exposição de pinturas ultrarrealistas de Angelo de Capua baseadas nas minhas ideias para uniformes mais críveis para perosnagens clássicos do mundo de super-heróis. Na nota de Marcelo Naranjo aparece pela primeira vez o nome do projeto, Super Realismo, que vai ser realizado durante a próxima edição da HQCon (o evento está com uma nova data, a pedido do local que sediará o encontro, o Colégio Catarinense: será no dia 24 de novembro). Segue o link para a matéria e uma prévia do próximo herói a ter o conceito explicado em minha coluna para o site da HQCon:



9.10.12

Como foi a EuroSteamCon

Um excelente relato sobre como foi a primeira conferência portuguesa dedicada ao steampunk pode ser lido no blog ClockWork Portugal. Confiram como foi a EuroSteamCon, realizada no último final de semana de setembro, da qual tive a honra de participar virtualmente:


Realizou-se no passado fim-de-semana de 29 e 30 de Setembro a tão esperada Euro Steam Con 2012 no Edifício Parnaso, no Porto. Apesar de ser uma primeira edição, explorando um conceito relativamente desconhecido do grande público português, o evento contou com cerca de 150 visitantes dispersos pelos dois dias.
 Desde Fevereiro que a equipa da Clockwork Portugal se organizou, cresceu e trabalhou para que a primeira convenção de Steampunk em terras lusas fosse um sucesso e que todas as engrenagens das pequenas comunidades se encaixassem, chamando assim a atenção para um conceito que, além fronteiras, motiva já muitas actividades e publicações. No contexto da nossa língua, é de referir que o Brasil já trabalha neste área a todo o vapor há cerca de 3 anos, como Romeu Martins explicou através de um pequeno vídeo que fez para a Convenção.

Continua

7.10.12

Aficionados por ficções


Estes foram o título e a foto que estamparam a capa do caderno Plural da edição de fim de semana do jornal Notícias do Dia, para minha surpresa e prazer. Editado pela minha amiga Dariene Pasternak, o caderno traz uma ampla matéria sobre escritores radicados na capital catarinense e que se dedicam a uma literatura de pegada pop (a minha foto com indumentária do velho oeste, por exemplo, faz referência a meu conto "Domingo, Sangrento Domingo", publicado na coletânea de weird western Cursed City). No interior do caderno, estou ao lado do meu camarada de escrita Roctavio de Castro, entre os exemplos selecionados pela repórter Carolina Moura (e antes dela por Carol Macário) para o texto que pode ser lido aqui, mas destaco a seguir o boxe que fala de mim na matéria:


Conjecturas do passado
 Quando a Tarja Editorial o convidou para participar da coletânea “Steampunk - Histórias de um passado extraordinário”, em 2009, Romeu Martins entrou em um mundo do qual não saiu mais. O livro foi um dos primeiros no Brasil a se dedicar ao steampunk, gênero da ficção especulativa que problematiza o desenvolvimento na Era Vitoriana, com a Revolução Industrial e a tecnologia a vapor. O ponto de partida para esse tipo de ficção é um “e se...?”, questionando momentos da história do século 19. “A primeira coisa que vem na cabeça de quem fala em ficção científica é o futuro, mas tem formas que pensam no passado”, explica Romeu. O conto do escritor para essa coletânea parte da pergunta “E se o Brasil não tivesse entrado na Guerra do Paraguai?”, para construir um cenário em que o país se desenvolve enquanto os Estados Unidos definham durante sua guerra civil. Um trecho dessa história foi inclusive traduzida para o inglês e adicionada à “Steampunk Bible”, “Bíblia do Steampunk”, que deve ser publicada no Brasil este ano. Depois disso ele participou de outras coleções desse estilo e escreveu sobre diferentes temas, como o velho oeste americano.

Mas Romeu também se aventura em outros gêneros. Em fevereiro foi lançada a coletânea “Sherlock Holmes – Aventuras Secretas”, da Editora Draco, que aproveitou que a obra de Arthur Conan Doyle entrou em domínio público para criar em cima de seus personagens. Com sua participação neste livro Romeu teve a chance de conjecturar não sobre momentos históricos, e sim em cima da ficção de outro autor. “No universo do steampunk eu já uso personagens fictícios de outras pessoas, inclusive um casal de um dos contos do Conan Doyle”, conta o escritor, embora nunca tivesse se arriscado a usar o personagem principal antes. 
 Agora, seu próximo projeto é uma coletânea de contos sobre super-heróis, tirando essas figuras que fazem sucesso nas histórias em quadrinhos e trazendo-as para a prosa. A participação de Romeu especula desta vez com um evento histórico atual, o terremoto no Haiti, em 2010. Misturando rock, religiões hatianas e bonecos de ação que são usados para o vudu, ele cria um conto de vingança que é mais uma de suas inovações.




E acima temos a outra foto que ilustra as páginas internas, tirada na loja Universo Colecionáveis, e que ambienta meu conto "Edição de Colecionador", a sair na coletânea dedicada a super-heróis da editora Draco. Tanto esta como aquela da capa, que foi tirada no estúdio de tatuagem Urban Tribe, são de autoria de Débora Klempous, que já virou minha autora de avatares para o twitter oficial. Um obrigadão às meninas pela matéria, fotos e as muitas risadas que me renderam neste final de semana.

4.10.12

O Primeiro Vingador e a Segunda Emenda

Está no ar, no site da HQCon, a nova pintura de Angelo de Capua e a explicação conceitual por trás de nossa versão para um novo uniforme do Capitão América, agora armado e perigoso.



E nosso projeto ganhou destaque também no site da Catacomics, onde vocês podem ver uma prévia do próximo personagem a ser retrabalhado dentro dessa proposta ultrarrealista.

2.10.12

Ultrarrealismo no Diário

Saiu hoje a mais aguardada coluna do jornalista Marcos Espíndola no Diário Catarinense, pois ele volta ao trabalho de um período dedicado a licença paternidade. E a nota com mais destaque na concorrida Contracapa do caderno de Variedades do maior jornal do estado é sobre o projeto que Angelo de Capua e  eu estamos desenvolvendo em parceria com a equipe da HQCon. Marquinhos apresentou a seus leitores as pinturas ultrarrealistas que Angelo está produzindo com base nas minhas ideias para uniformes de famosos personagens dos quadrinhos. Além do Batman, que já havia sido tema de uma coluna minha em O Comendador, ele mostrou em primeiríssima mão o redesenho para o Capitão América, que será explicado em uma próxima postagem minha no HQCon.com. E já aproveito, antes de reproduzir a nota abaixo, para adiantar que o próximo herói a ter o visual retrabalhado pelos pincéis e guache de Angelo já está pronto e ficou... bárbaro.



Guarda-roupas
Batman ficaria agradecido por ser poupado do constrangedor amarelo flúor do seu cinto de utilidades, além de perder a pesada capa. Quem sabe, uma boa ideia para futuras investidas do Morcegão nos cinemas. Contribuição do autor e jornalista Romeu Martins e do artista plástico e professor Angelo De Capua, ambos catarinenses, que se empenharam em reconfigurar o outfit de heróis clássicos dos quadrinhos, plausíveis com a realidade. Daí que o patriota Capitão América, além do ufanista escudo, passa a portar uma pistola e assume a condição de protetor da Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que dá direito a todo americano a andar armado - e de quebra, a presidência de honra da famigerada Associação Nacional de Rifles da América (NRAF).
Ultrarrealismo - Martins é um signatário da literatura steampunk e De Capua comunga da escola ultrarrealista. O resultado é esta série, que será exposta na próxima edição da HQCon, encontro de quadrinhos e cultural, dia 27, no Colégio Catarinense, na Capital. No blog www.hqcon.com, a dupla revela o passo a passo da confecção do novo guarda-roupas dos heróis. Como tudo na moda, renderá polêmicas.