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2.3.12

Cidade Phantástica, a graphic novel 2

Circula hoje por toda Santa Catarina, no jornal de maior tiragem do estado, a primeira imagem colorida da graphic novel steampunk que Zambi e eu estamos produzindo para a editoria Underworld. Mais do que isso, a nossa futura HQ recebeu uma detalhada matéria em primeiríssima mão de autoria do colega jornalista Marcos Espíndola na coluna mais prestigiada da área de cultura e entretenimento daqui, a Contracapa do caderno de Variedades do Diário Catarinense. Marquinhos captou e explicou perfeitamente o cenário da noveleta que está sendo transposta para uma nova mídia. Então, é com muita satisfação que reproduzo aqui o desenho que Zambi fez com os principais personagens de Cidade Phantástica e o trecho da coluna de hoje que destaca nosso trabalho. Se isso não vale uma bela comemoração nesta sexta-feira, o que valeria?


O (Retro)Futuro é aqui
Quando integrou, com "Cidade Phantástica", a pioneira coletânea de contos Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, lançada em 2009 pela Tarja Editorial, o jornalista e escritor catarinense Romeu Martins estava longe de se dar por realizado. A ideia primária era levar a fábula retrô futurista para os quadrinhos. O intento começa a se consumar por meio da parceria com o ilustrador Sandro Zamboni, o Zambi, chargista do jornal Hora de Santa Catarina. Cidade Phantástica tem como cenário o Rio de Janeiro do período de 1866 e 1867. A capital do Segundo Império vive um momento de franca evolução socio-econômica e cultural, assumindo a vanguarda da industrialização frente aos Estados Unidos mergulhados em uma guerra civil.
A razão desta expansão desenvolvimentista, que, pelo menos nesta ficção, coloca o Brasil como a potência da época, é o fato de o país não ter entrado na Guerra do Paraguai. À frente deste processo estão os ideários do Barão de Mauá, figura histórica que assume o papel de principal conselheiro do imperador Dom Pedro II, tendo influência direta, por exemplo, no fim da escravidão em 1855 - 34 anos antes da Lei Áurea. Neste outro Brasil desenvolve-se uma trama de heróis e vilões, personagens de Júlio Verne e de Sir Arthur Conan Doyle (o criador de Sherlock Holmes) que também mudaram de ares e passaram a habitar a pujante nação tropical. A novela está prevista para sair em 2013 para atender as exigências da editora Underworld, que pede por uma publicação colorida.
Mas aqui temos um aperitivo do que a dupla Martins/Zambi imagina deste Brasil steampunk. Os desdobramentos desta obra serão detalhados no blog cidadephantastica.blogspot.com

3.2.12

Sherlock Holmes - Aventuras Secretas no Notícias do Dia

Nesta sexta-feira saiu uma matéria no jornal Notícias do Dia, ligado ao grupo RIC Record, divulgando a coletânea Sherlock Holmes - Aventuras Secretas, da editora Draco. O livro que terá lançamento oficial amanhã, em São Paulo, ganhou o destaque principal do caderno de cultura do jornal, o Plural. Devo esta postagem a um quarteto de queridas profissionais: Carol Macário, que me entrevistou; Débora Klempous, que cuidou das fotos; Dariene Pasternak, que edita o caderno e pautou a matéria; e Naiara Lima, a designer que gentilmente me escaneou a página do jornal para eu poder postar aqui a reportagem "Elementar, meu caro Watson". Beijão a todas!

É só clicar na imagem abaixo ou neste link para ler.

23.1.12

Elementar, não tem?!

O título acima, que mistura o bordão mais conhecido do Grande Detetive criado por Arthur Conan Doyle com o sotaque manezinho é o mesmo da principal nota de hoje na concorrida Contracapa do caderno de cultura do maior jornal do meu estado, o Diário Catarinense. Com ela, o jornalista Marcos Espíndola divulga a coletânea Sherlock Holmes - Aventuras Secretas, da editora Draco. Abaixo reproduzo na íntegra a nota que saiu com a ilustração dos contistas feita pelo editor Erick Sama.



A editora Draco encomendou a um grupo de oito notáveis autores nacionais, dentre eles o jornalista catarinense Romeu Martins, a primeira coletânea de contos brasileiros sobre o grande detetive inglês, intitulada Sherlock Holmes - Aventuras Secretas. O lançamento será no dia 4 de fevereiro, durante um balacobaco em São Paulo, mas a editora abriu pré-venda em seu site (www.editoradraco.com). A publicação coincide com a estreia nos cinemas da sequência do longa-metragem Sherlock Holmes, estrelado por Robert Downey Jr. e dirigido por Guy Ritchie. Mas qualquer semelhança com a adaptação cinematográfica do personagem de Arthur Conan Doyle para por aí. Romeu Martins colabora com o conto "O caso do Desconhecido Íntimo", sendo que a organização do volume foi de Carlos Orsi Martinho (ex-editor de Ciência e Tecnologia do Estadão) e Marcelo Augusto Galvão. A ilustração em destaque apresenta os cronistas convidados, no melhor estilo steampunk.

23.5.11

Western Walk

Nova nota sobre o evento do próximo sábado, promovido em parceria entre a Sociedade Histórica Desterrense e as editoras Estronho e Argonautas. Desta vez no maior jornal de Santa Catarina, o Diário Catarinense, do grupo RBS. A chamada com o mesmo título deste post foi publicada na bem-humorada coluna Contracapa, do jornalista Marcos Espíndola:

Alô, galera de cowboy! No sábado, no Café Cultura (Centro da Capital) haverá o lançamento um tanto inusitado de dois livros interessantes: Cursed City – Onde as Almas Não Têm Valor (editora Estronho, MG) e Sagas 2 – Estranho Oeste (editora Artonautas, RS). Daquelas ficções bacanas, que misturam western com ficção fantástica. Mas e o inusitado? É que uma turma esperta aproveitará a oportunidade para promover um encontro weird west, onde os participantes se vestirão de acordo com o tema e, quem sabe, darão um rolé pelas ruas do Centro da Capital. O mesmo fez algo similar no aniversário de Floripa, só que trajando roupas de época. O encontro de sábado está marcado para às 17h e quem aparecer devidamente fantasiado ganhará alguns “mimos” (descontos e brindes). Fácil, o xadrez está em alta.

Cantores neo-sertanejos estão convidados, mas não poderão cantar!

É isso aí, Luan Santana, só em silêncio!

21.5.11

A arte dos encontros

Esta é a chamada do caderno Plural do jornal Notícias do Dia deste sábado. A publicação do grupo Record dedicou as principais páginas do seu suplemento cultural para uma reportagem sobre diversas confrarias que reúnem pessoas com interesses comuns na capital de Santa Catarina. Entre os exemplos citados pela jornalista Carol Macário está a Sociedade Histórica Desterrense, que no próximo dia 28 se reunirá durante o evento de lançamento dos livros Cursed City - Onde as almas não têm valor e Sagas 2 - Estranho oeste, no Café Cultura. Abaixo, reproduzo a nota da repórter, que foi ilustrada com uma foto de Maurice Kisner onde se vê Carolina Silva, Jessé Fialho Martins, Douglas Vieira, este blogueiro e Pauline Kisner:

Não se espante se no próximo dia 28 de maio você se deparar com personagens em carne e osso dos tempos do Velho Oeste no Centro de Florianópolis. São pessoas apaixonadas por história integrantes da SHD (Sociedade Histórica Desterrense), um grupo reconstrucionista de Florianópolis, criado pela historiadora Pauline  Kisner com o objetivo de estudar a história de uma forma lúdica.

Além de um fórum de discussões na internet, a SHD promove eventos temáticos com o objetivo de reviver o passado. Isso se traduz em vestir trajes de época, estudar a decoração, música e dança, literatura e culinária de época.

22.3.11

Primeiro evento do ano em Florianópolis 5

Amanhã, aniversário da capital catarinese, é o dia do evento "Olhares sobre a História", promovido pela Sociedade Histórica Desterrense. Uma nova nota para divulgar o encontro foi publicada na edição desta terça no maior jornal do estado. Como na anterior, o jornalista que a escreveu foi meu colega Renê Müller (com quem, aliás, gravei semana passada um novo vídeo palpitando sobre cinema que deve ir ao ar na próxima sexta). Fiquem a seguir com a reprodução da nota "Moda vitoriana":



Para quem ficou curioso com a mobilização da Sociedade Histórica Desterrense – que promove amanhã Olhares sobre a História, saída fotográfica com o objetivo de registrar e resgatar a memória patrimonial de Florianópolis – é só curtir o barato da foto, clicada no primeiro 1º Encontro Vitoriano, promovido na Capital.Quem quer participar precisa, obrigatoriamente, utilizar modelos de época, que se estende da Renascença à Primeira Guerra Mundial. A proposta é “ reviver o passado”, evocando modos e costumes antigos.

14.3.11

Primeiro evento do ano em Florianópolis 2

Meu chapa Gabriel Rocha é quem deu a dica: o maior jornal de Santa Catarina divulgou o evento Olhares sobre a História, já anunciado algumas vezes por aqui. Abaixo, reproduzo a nota que levou o título Olhar Steampunk:

A Sociedade Histórica Desterrense apresenta Olhares sobre a História, uma saída fotográfica com o objetivo de registrar e resgatar a memória patrimonial de Florianópolis. Programada para 23 de março de 2011, como um presente de aniversário para a cidade, o evento reunirá aficionados pela história. O diferencial é que estarão, obrigatoriamente, trajados com modelos de época, que se estende da Renascença à Primeira Guerra Mundial. Os participantes caminharão pelo Centro Histórico sob as lentes de uma equipe de fotógrafos selecionados pelo grupo.

A proposta é “reviver o passado”, evocando modos e costumes antigos. A atividade é ligada à cultura steampunk, vertente da ficção científica cujas histórias estão ambientadas em uma realidade alternativa, uma espécie de “Era Vitoriana futurista”, em que viagens espaciais, armas de raio laser e computadores modernos são corriqueiros em pleno século 19.

9.11.10

A Máquina Analítica de Babbage vai ser construída

Que o nosso mundo quase foi outro graças ao matemático britânico Charles Babbage (1791-1871) os leitores deste blog bem sabem. Ao projetar o primeiro computador do mundo, ainda movido ao vapor, ele esteve prestes a mudar a história dando origem a era da informática ainda no século XIX. Tanto foi assim, que a especulação sobre o sucesso daquele inventor inglês está por trás do romance escrito a quatro mãos que é considerado o principal marco do steampunk literário - e que deve sair traduzido no Brasil ainda este ano, segundo as últimas notícias que eu soube.

Mas literalmente além do papel - seja o do projeto, seja o da obra da ficção - a Máquina Diferencial Analítica de Babbage pode finalmente ter a chance de se tornar realidade. Quem me passou a notícia via twitter foi o escritor, tradutor e roteirista Sylvio Gonçalves. Uma completa reportagem do jornal português Público trouxe a notícia de que o cientista John Graham-Cummings está fazendo uma campanha para conseguir recursos e assim poder construir o projeto dos sonhos do seu conterrâneo do século retrasado. Segue abaixo o início do texto, mas vale a pena conferir a reportagem completa sobre esse inusitado caso de paleocomputação:

John Graham-Cumming não quer muito de cada um. "Peço às pessoas que assumam o compromisso de doar dez dólares / dez libras / dez euros para uma organização não lucrativa dedicada a construir a Máquina Analítica", escreveu o informático no seu blogue a 6 de Outubro. Em 29 dias, já 3691 pessoas tinham aderido à causa.

O prazo limite imposto pelo informático inglês para o sucesso deste pedido é 31 de Janeiro de 2011. Até lá, Graham-Cumming espera conseguir dez mil assinaturas e reunir 500 mil dólares para construir um computador mecânico movido a vapor, idealizado no século XIX pelo matemático e inventor inglês Charles Babbage (1791-1871). Um computador que nunca chegou a sair do papel.

Os passos da construção já estão delineados e, se o objectivo financeiro for cumprido, a obra terá que ser feita em pouco mais de uma década. "Tenho o prazo até 18 de Outubro de 2021 para terminar [a máquina]. Esse é o dia do 150.º aniversário da morte de Babbage", disse Graham-Cumming por email, ao P2. "Ele trabalhou nesta máquina até à morte, por isso seria um tributo adequado. Espero ter a máquina construída antes disso."

5.4.10

Vitorianos no maior jornal da Espanha

Quando comentei, no final do ano passado, um artigo da revista americana Time, escrevi por aqui:

Neste blog costumo abordar apenas material steampunk que tenha sido produzido no Brasil ou que esteja disponível em versão nacional. Não é o caso deste post em que vou falar de uma matéria veiculada em inglês no site da revista Time. O motivo é que gostei muito da abordagem do texto que levou o título "Steampunk: Reclaiming Tech for the Masses" (algo como Recuperando a tecnologia para as massas), ele sintetiza vários dos elementos que, na minha opinião, tornam este gênero da ficção fantástica tão atrativo em termos estéticos-formais e de conteúdo.

Repito o aviso agora, pois uma nova reportagem veio me chamar a atenção, graças a uma dica via Twitter do escritor Eric Novello. A matéria dessa vez foi publicada no site de El País, maior e mais respeitado jornal da Espanha. "Victorianos amantes de la retrotecnologia" é o artigo que tem o subtítulo: "Las obras de H. G. Wells o Julio Verne inspiran el movimiento steampunk". A motivação para o texto de Xavi Sancho foi a constatação de que tal movimento, surgido nos EUA há um par de décadas, viu sua relevância, popularidade e projeção social darem um passo gigante nos últimos três anos.


Abaixo, traduzo um trecho da reportagem de estilo, que pode ser lida integralmente aqui, e reproduzo ao lado uma das fotos que ilustram a matéria, um flagrante do designer e cultuador steamer Jake Von Slatter:

A meio caminho entre o romantismo, a nostalgia, a estética vitoriana e a tecnologia - não só como um meio ou fim, mas também como um complemento estético - o Steampunk pode ser entendido através das criações de H.G. Wells ou Julio Verne, o escapismo de Harry Houdini e a inventividade de Nikola Tesla. De alguma forma, o movimento é um elogio de como era um futuro de um passado que oferece expressões éticas e estéticas muito mais satisfatórias do que as do tempo atual. Os seguidores se distinguem por suas roupas vitorianas e eduardianas, suas palavras corteses, seus apelidos que parecem ter sido tirados da lista de membros da Câmara dos Lordes e, sobretudo, pela interação ativa com este movimento, fazendo seus próprios artigos e vestuário.
 
"A era vitoriana é a última época em que um menino em idade escolar podia ter suficiente conhecimento científico para compreender as complexidades da tecnologia de sua época. Um aficionado podia ainda contribuir para o progresso tecnológico. Além disso, como costumavam ser de boas famílias, incluíam seus valores estéticos em todas as suas criações", comenta o americano Jake Von Slatter, cérebro por trás do Steampunk Workshop, um seminário para a construção de dispositivos neste estilo - modifica telefones celulares, computadores ou iPods para a estética vitoriana -  e uma das figuras mais importantes dentro desta subcultura que em alguns países, como os EUA, está se tornando uma forma de vida. Ainda não conseguiu encontrar seu tom, mas já tem a sua imagem e até seus dilemas de identidade.