14.10.11

Nova resenha de Cursed City

A primeira coletânea da qual participei este ano, Cursed City - Onde as almas não têm valor, da editora Estronho, acaba de receber uma nova e completa resenha, com comentários para cada um dos seus vinte contos. A avaliação foi feita por no blog Guria que lê, mas por um guri, Gutemberg Fernandes. Como é o costume neste blog, irei republicar o início do texto e a crítica que o resenhista faz ao meu conto. Como extra, também o comentário a respeito de minha coblogueira Ana Cristina Rodrigues, parceira naquelas páginas amaldiçõadas. Ao final, deixo o link para o texto completo a respeito da primeira antologia weird western do Brasil.



Cursed City, outrora conhecida por Golden Valley, é uma cidade incrustada no interior do meio-oeste americano, em meio a cânions e desertos que já viveu seus melhores dias sendo que hoje abriga somente um punhado de almas condenadas.
Tomada por forças do mal, Cursed City é um local onde até mesmo o Diabo tem medo de andar a noite e seus habitantes vivem trancados em meio ao temor e o álcool, vivendo cada segundo das longas noites como se fossem eras. Os esperançosos rezam para o sol chegue mais rápido enquanto que os desafortunados para não terem que agüentar outra lua sob aquela cidade maldita.
Certo é que quando o sol se põe somente a escuridão tem vez naquelas paragens.
Cursed City foi à primeira das antologias editadas pela Estronho Editora que tive o prazer de ler e esta me surpreendeu tanto pelo cuidado com a diagramação quanto pela qualidade dos textos. Seguindo a proposta de sua linha editorial, cujos títulos em catálogo e seus futuros lançamentos tendem a explorar vertentes poucos ortodoxas da literatura e promoverem ótimas misturas de gênero, esta antologia reuniu vinte autores para mostrarem como seria a visão de cada um sobre o velho oeste permeado por criaturas fantásticas e seres de outros mundos.
O resultado desta mistura de elementos, que pode ser chamada de Weird West ou Oeste Estranho, resultou numa das melhores, e mais coesas, coletâneas de contos que li até então. Por conta de determinados itens do regulamento da seleção, que exigiam a presença de certos elementos da cidade fictícia, cada conto, mesmo criado por autores diversos, conseguiu manter o ritmo e o clima da narrativa ao longo das duzentas e quarenta páginas de Cursed City.
Outro ponto muito importante de ser frisado é a qualidade dos contos. Em geral as pessoas tendem a preterir a leitura de antologias, mesmo as feitas por autores únicos, por conta da variação do nível dos textos apresentados. Em Cursed City esta preocupação é inexistente, uma vez que de todas as obras selecionadas tem atrativos para todo o tipo de leitor.
O único ponto negativo com relação a publicação que acho interessante de ressaltar diz respeito a margem interna do livro, que prejudica em alguns momentos a leitura por esconder o final das frases próximas a costura. Quanto a diagramação, tanto interna quanto externa, a editora merece muitos elogios, pois oferece um livro de qualidade gráfica bem superior ao que muitas das editoras. (...)
“Domingo, sangrento domingo” de Romeu Martins foi uma das surpresas dentre os contos que fazem parte de Cursed City. O primeiro ponto é a presença do diálogo bem coloquial entre os personagens que consegue trazer a narrativa para mais perto do leitor e em seguida o desenrolar da trama, e suas reviravoltas, que tornam o desfecho do conto bem interessante e diferente. Além do título que é muito mais profundo em sua origem do que se esperar ao deparar-se com ele. (...)
Ana Cristina Rodrigues merece destaque por conta de seu ótimo conto “Aquele que vendia vidas”. Embora nos tenhamos outros contos elementos bem exóticos este em particular me chamou a intenção por aproveitar-se de outro elemento sobrenatural muito conhecido da cultura americana. Valendo-se disto a autora foi capaz de criar um conto dentro da temática da antologia, porém distinto dos outros em seu cerne, o que torna sua leitura ainda mais atraente.

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7 comentários:

Romeu Martins disse...

Olá, compradoras de livros ;-) brigado pelo fofo e pela visita, beijões ;-*

Cirilo S. Lemos disse...

Romeu, seu fofo.

Romeu Martins disse...

Nem vem que pra ti eu não agradeço o fofo, não, Cirilo

Tânia Souza disse...

Romeu, seu fofo. II

Romeu Martins disse...

Ah, você pode me chamar de fofo ;-*

Anônimo disse...

Li teu conto nesse final de semana e gostei muito. Aviso quando colocar no ar uma resenha de Cursed City.

Romeu Martins disse...

Opa, ansioso pra ler a resenha, Galvão! Minha primeira experiência com o tipo de personagem daquele conto, eu gostaria mesmo de saber o que os leitores acharam do resultado ;-)