A antologia Vaporpunk pretende reunir noveletas de história alternativa do subgênero steampunk escritas por autores brasileiros e portugueses, com fins de publicação em mercados de ambos os lados do Atlântico, em mídia convencional e/ou e-book.
Por considerarmos que a dimensão ideal precípua para expressar um enredo de história alternativa é a noveleta e não o conto, como no caso da ficção científica, gostaríamos de fixar os limites dos trabalhos que aceitaremos entre 8.000 e 18.000 palavras. Isto não quer dizer, em absoluto, que trabalhos fora deste padrão serão sumariamente rejeitados. Se vossos escritos forem realmente bons, a qualidade decerto pesará, ainda que eles sejam menores ou maiores do que o limite proposto. No entanto, convém deixar claro que olharemos com mais simpatia trabalhos dentro do intervalo citado.
Analogamente, gostaríamos de receber trabalhos steampunks cujos enredos dissessem respeito, direta ou indiretamente, às culturas brasileira e/ou portuguesa, mostrando o impacto social do avanço tecnológico precoce na história dessa(s) cultura(s).
Vaporpunks, por assim dizer.
Não se trata de uma exigência estrita. Trabalhos steampunks que nada tenham a ver com o Brasil ou com Portugal serão apreciados com a atenção devida e também poderão ser eventualmente aceitos. Porém é honesto frisar aqui nossa predileção por vaporpunks que sejam lusófonos não só de corpo (i.e, escritos por autores portugueses e brasileiros), como também em espírito (enredo, personagens, ambientação lusófonos).
A deadline proposta é 31 de julho de 2009.
O mais importante é que não nos prendemos à definição castiça de steampunk / vaporpunk.
Isto quer dizer que a ação de vossas noveletas não precisa necessariamente transcorrer na Londres Vitoriana da segunda metade do século XIX. Afinal, As Loucas Aventuras de James West é considerado steampunk e se passa no Velho Oeste, certo?
Da mesma forma, consideramos vaporpunk o romance de Paul McAuley, Pasquale’s Angel (publicado em português sob o título de A Invenção de Leonardo, Saída de Emergência, 2005), onde os inventos de Da Vinci são concretizados e a Revolução Industrial começa com três séculos de antecedência.
Não se faz necessário que o vapor seja a única tecnologia precoce presente em vossos enredos.
Em resumo, estamos interessados em enredos que mostrem o impacto social do emprego amplo e precoce de avanços tecnológicos nas culturas portuguesa e/ou brasileira. Tais enredos podem se constituir em passados alternativos ou em presentes alternativos.
Nos passados alternativos, a ação transcorre numa época bastante anterior ao presente, como por exemplo, na noveleta “Custer’s Last Jump”, de Steven Utley & Howard Waldrop, em que o advento da aviação em meados do século XIX modifica a história da Guerra de Secessão e das Guerras Índias que se seguiram.
Nos presentes alternativos, a ação se passa mais ou menos em nossa época, só que numa linha histórica alternativa, modificada pelo advento precoce de uma tecnologia.
Quando principiamos a cogitar essas guidelines, pensamos em conceituar steampunk aqui.
Contudo, descobrimos uma definição castiça adequada na Wikipedia. Os conceitos ali expressos são mais restritivos do que aqueles que lhes estamos propondo, mas já dá para ter uma idéia geral. Portanto, usem e abusem:
http://en.wikipedia.org/wiki/SteampunkSe possível, dêem preferência ao verbete da Wikipedia em inglês, visto que sua tradução na Wikipedia em português encontra-se incompleta e, em alguns trechos, errada.
Se quiserem, sintam-se à vontade para consultar o ensaio “Steampunks!” constante na coletânea em e-book Ensaios de História Alternativa , cujo download é gratuito no site:
No que se pese que se trata de um texto escrito em 1998, é mais atualizado do que o verbete da Encyclopedia of Science Fiction, escrito pelo Peter Nicholls.
Contamos com a submissão da sua noveleta.
A submissão deve ser mandada somente em versão eletrônica, formato universal de texto (.txt) ou rich text file (.rtf), para os emails
glodir@centroin.com.br e
antologia@tecnofantasia.com (enviem para ambos de forma a que não se perca nenhuma submissão. Por favor, solicitem confirmação de recepção). Indicando na folha de rosto o nome de nascimento do autor, o nome literário (se diferir deste), o título da obra, a dimensão (número de palavras) e um meio de contacto (endereço, email). Se tiver de enviar mapas ou gráficos, por favor envie em ficheiro separado e faça a devida nota no corpo do texto.
Mãos à obra!
Gerson Lodi-Ribeiro & Luís Filipe Silva
Fevereiro de 2009