6.5.10

Steampunk e a matemática

Minha amiga cibernética Giseli (com i) Ramos adora números. E o melhor é que ela sabe transformar esses entes abstratos em palavras. Em seu blog, por coincidência no dia do meu aniversário, ela já havia escrito sobre o quanto existe de matemática na arte de tocar sinos, uma lúdica aula sobre os mecanismos da permutação. Nesta última quarta-feira, ela voltou a associar a mãe de todas as ciências - e a mais pura de todas - ao tema deste blog, o que me dá a chance de voltar a citá-la por aqui. E nada melhor do que fazer isso hoje, que, como lembrou Carlos Orsi em seu blog, é o dia nacional dela, da matemática.

Desta vez, a CyberGi utilizou-se da teoria dos números para fazer o perfil de um dos elementos mais presentes e mais icônicos das histórias do punk a vapor: as engrenagens. Abaixo, seguem trechos do artigo "A base matemática dos mecanismos steampunk", no qual ela demonstra que o número de dentes, ou ranhuras, desses mecanismos não são nada aleatórios:


gears.0

Não sei se muitos de vocês sabem, mas por muito tempo, a base da computação era madeira, bronze, metal e latão. Peraí, como assim? Ábacos te dizem alguma coisa? =D

relógio astronômico de Praga

Antes de 1700 já tinham algumas calculadoras rudimentares feitas, à base de engrenagens metálicas. E o computador mais antigo já feito é o mecanismo de Antikythera, um impressionante mecanismo capaz de prever eclipses e órbitas planetárias, entre outras coisas.

E o que esses objetos e, digamos, as engrenagens vitorianas (tanto as reais como as das histórias ficcionais) têm em comum? As engrenagens… Você já parou para pensar em como os engenheiros calculavam os números de dentes necessários em cada roda para o melhor desempenho do sistema como um todo? Ou para que um dado mecanismo tenha a velocidade desejada?

É aí que entra a teoria dos números :D
Sabem aquelas série de livros do tipo A ciência de Star Wars ou Watchmen e a filosofia? Adoraria ler uma série de obras assinadas pela Gi, talvez em parceria com o Orsi, associando cultura pop e matemática. Tenho certeza de que seria um material de divulgação científica de primeira.

2 comentários:

Giseli disse...

Romeu, obrigada pela divulgação! =D Eu tenho até vontade de escrever livros de divulgação científica, não é mesmo uma má ideia, ainda mais com o Orsi! =D Um dia, um dia...rs.

Romeu Martins disse...

Olha, acho que daria um belo caldo, hein? Posso imaginar os primeiros da série: O futebol e a matemática; A cerveja e a matemática; O samba e a matemática...

;-)