A coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário foi lançada durante o Fantasticon 2009, evento organizado por Silvio Alexandre no mesmo local em que vai ocorrer, em novembro, uma nova atividade ligada ao gênero. O lançamento do livro foi marcado ainda por uma mesa redonda que discutiu e apresentou a cultura steamer aos brasileiros.
Aquela conversa reuniu o organizador da coletânea, Gian Celli, editor da Tarja, um dos autores, Fábio Fernandes, e o empresário Bruno Accioly, fundador do Conselho Steampunk. A boa notícia para os que perderam o evento ou para aqueles que querem rever a discussão é que agora a mesa redonda está disponível na rede, no site da TV Cronópios. Clicando aqui você pode assistir à mesa "Steampunk e os novos rumos da ficção científica".
29.9.09
25.9.09
Cidade Phantástica - o spin-off
Escrevi a história abaixo para participar de um concurso organizado pelo artista plástico californiano Tom Banwell, antes mesmo da publicação de "Cidade Phantástica" na coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário. Trata-se de um spin-off, uma trama derivada de uma obra original, que utiliza o mesmo universo, o mesmo personagem principal daquela noveleta mas em um outro período do tempo, vinte anos no futuro.
Resolvi publicar por aqui o conto e a tradução dele, feita por Ludimila Hashimoto (responsável pela versão em português de alguns de meus escritores favoritos, como Alan Moore, Hunther Thompson, Terry Pratchett e Philip K. Dick) quando vi as fotos do capacete de exploração subterrânea que inspirou a narrativa que Banwell publicou em seu blog . Antes disso, a versão em inglês já havia saído na página daquele artista americano e eu mesmo já postara ambos os textos em meu outro blog, o Terroristas da Conspiração.
Resolvi publicar por aqui o conto e a tradução dele, feita por Ludimila Hashimoto (responsável pela versão em português de alguns de meus escritores favoritos, como Alan Moore, Hunther Thompson, Terry Pratchett e Philip K. Dick) quando vi as fotos do capacete de exploração subterrânea que inspirou a narrativa que Banwell publicou em seu blog . Antes disso, a versão em inglês já havia saído na página daquele artista americano e eu mesmo já postara ambos os textos em meu outro blog, o Terroristas da Conspiração.
Underground Amazon
By Romeu Martins
Translated by Ludimila Hashimoto
Picture by Tom Banwell
Translated by Ludimila Hashimoto
Picture by Tom Banwell
Percy Fawcett told me he still felt he’d die in the Amazon. If I didn’t find a way to help him, that would be the day: the young explorer would be sliced by the man hired to guide him in the forest. Torres was a slave hunter before slavery abolition in Brazil. I never trusted him, but did not expect the bastard would blow up the tunnel right after he left the cave, leaving me unarmed and isolated. Thanks to a helmet I survived the landslide.
Rocks blocked the cave mouth, leaving just a gap through which I saw the traitor threaten the boy outside. A damn time for J. Neil Gibson to come up with the idea of the expedition! The American became a millionaire when he was young and found gold in the Amazon. But he wanted more. He used money to get the English adventurer to search for new precious resources under the jungle. Now the Brazilian slaver was doing the same, using a knife instead. He was forcing the boy to tell him the location of a diamond streak.
How did I get myself into this? Luckily or not, I met Gibson two decades ago. I had just entered the Brazilian police and saved his life in Rio. My reward, twenty years later: he decided to take me on the expedition. He is a U.S. senator, influential in the court of the Brazilian Empire, so I came against my will. Everyone calls me John Steam. Not my real name: my mother delivered me in a steam train in England. I am Fawcett’s fellow citizen, but I came from a village called Wold Newton, whose only memorable event was a rock falling from the sky, 45 years before I was born.
The thought of the meteor gave me an idea. The explosion had disarmed me. Except for the underground exploration helmet, I only had a pickaxe. Not enough to break through the rocks, but I had my tricks. The engineers had added an oxygen canister to the helmet so that I could breathe in closed environments. Though it was not the case in the gallery, the accessory would be useful. I took it off my back, detached it from the hose that connected it to the mask and placed it in the hole.
Without that opening I would be in the darkness if it weren’t for the electric candle adjusted to the helmet. Thanks to the artificial glow I could lift the pick and strike the safety valve on the canister. Not enough. Just caused sparks that would have pierced my eyes, if it weren’t for the goggles. Torres had certainly heard the clap. My second blow had to be precise.
So it was: the seal was opened and the compressed oxygen released. As if it were a Chinese rocket, the canister took off. My makeshift projectile only stopped after breaking the assassin’s spine. Percy Harrison Fawcett’s omen of death in the Amazon would have to wait.
Rocks blocked the cave mouth, leaving just a gap through which I saw the traitor threaten the boy outside. A damn time for J. Neil Gibson to come up with the idea of the expedition! The American became a millionaire when he was young and found gold in the Amazon. But he wanted more. He used money to get the English adventurer to search for new precious resources under the jungle. Now the Brazilian slaver was doing the same, using a knife instead. He was forcing the boy to tell him the location of a diamond streak.
How did I get myself into this? Luckily or not, I met Gibson two decades ago. I had just entered the Brazilian police and saved his life in Rio. My reward, twenty years later: he decided to take me on the expedition. He is a U.S. senator, influential in the court of the Brazilian Empire, so I came against my will. Everyone calls me John Steam. Not my real name: my mother delivered me in a steam train in England. I am Fawcett’s fellow citizen, but I came from a village called Wold Newton, whose only memorable event was a rock falling from the sky, 45 years before I was born.
The thought of the meteor gave me an idea. The explosion had disarmed me. Except for the underground exploration helmet, I only had a pickaxe. Not enough to break through the rocks, but I had my tricks. The engineers had added an oxygen canister to the helmet so that I could breathe in closed environments. Though it was not the case in the gallery, the accessory would be useful. I took it off my back, detached it from the hose that connected it to the mask and placed it in the hole.
Without that opening I would be in the darkness if it weren’t for the electric candle adjusted to the helmet. Thanks to the artificial glow I could lift the pick and strike the safety valve on the canister. Not enough. Just caused sparks that would have pierced my eyes, if it weren’t for the goggles. Torres had certainly heard the clap. My second blow had to be precise.
So it was: the seal was opened and the compressed oxygen released. As if it were a Chinese rocket, the canister took off. My makeshift projectile only stopped after breaking the assassin’s spine. Percy Harrison Fawcett’s omen of death in the Amazon would have to wait.
Amazônia Underground
Por Romeu Martins
Foto de Tom Banwell
Foto de Tom Banwell
Percy Harrison Fawcett me disse que sentia que ainda morreria na Amazônia. Caso eu não encontrasse um meio de ajudá-lo aquele seria o dia: o jovem explorador seria fatiado pelo homem contratado para guiá-lo naquela floresta. Torres tinha sido um caçador de negros muitos anos atrás, antes da abolição da escravatura no Brasil. Nunca confiei nele, com suas cicatrizes de cortes espalhadas pelo corpo, mas não esperava que o desgraçado fosse provocar a explosão do túnel, logo depois de deixar a caverna, me deixando desarmado e isolado. Sobrevivi porque o capacete protegeu minha cabeça do deslizamento.
As pedras barravam a passagem, deixando só uma fresta por onde eu enxergava o traidor ameaçar o garoto no lado de fora. Maldita hora em que J. Neil Gibson inventou aquela expedição! O americano ficou milionário por descobrir ouro na Amazônia quando jovem. Mas ele queria mais. Usou dinheiro para convencer o aventureiro inglês a buscar novas riquezas debaixo da mata. O ambicioso escravista brasileiro fazia o mesmo, mas usando um facão de lâmina larga, chamado machete: obrigava o rapaz a lhe contar a localização de um veio de diamantes.
Como me meti naquilo? Por sorte ou azar, conheci Gibson duas décadas atrás. Eu tinha acabado de entrar para a polícia ferroviária brasileira e salvei a vida dele no Rio de Janeiro. Minha recompensa, tantos anos depois: fez questão que eu participasse daquela empreitada. Como ele é senador nos EUA, influente junto à corte do Império do Brasil, virei voluntário contra a vontade. Todos me chamam de João Fumaça. Não é meu nome verdadeiro: minha mãe me deu à luz em um trem a vapor na Inglaterra. Sou conterrâneo de Fawcett, mas eu vim de um vilarejo chamado Wold Newton, cujo único acontecimento memorável foi uma pedra que despencou dos céus lá, 45 anos antes de meu nascimento.
Lembrar do meteorito me deu uma ideia. Como eu disse, a explosão me desarmara, tirando o capacete de exploração subterrânea, só me restava uma picareta. Ela não seria suficiente para abrir caminho pelas pedras, mas tenho meus truques. Os engenheiros que projetaram o capacete instalaram um tanque de oxigênio para eu respirar em ambientes fechados. Não era o caso daquela galeria, mesmo assim o cilindro seria útil. Eu o tirei das costas, desatei da mangueira que o prendia à máscara e o posicionei no buraco.
Sem aquela abertura eu ficaria na escuridão não fosse outra engenhosidade, a vela elétrica embutida no capacete. Graças ao brilho artificial, pude erguer a picareta e golpear a válvula de segurança do cilindro. Não foi o bastante. Provoquei faíscas que, não fossem os óculos de proteção, teriam furado meus olhos. Torres certamente ouvira o badalo. Meu segundo golpe teria que ser certeiro.
E foi: abriu o lacre e libertou o oxigênio comprimido. O assobio lembrava um furacão, como se fosse um foguete chinês, o tubo alçou voo. Meu projétil improvisado só parou depois de quebrar a coluna do assassino. Foi assim que Percy Harrison Fawcett sobreviveu à sua primeira aventura amazônica.
As pedras barravam a passagem, deixando só uma fresta por onde eu enxergava o traidor ameaçar o garoto no lado de fora. Maldita hora em que J. Neil Gibson inventou aquela expedição! O americano ficou milionário por descobrir ouro na Amazônia quando jovem. Mas ele queria mais. Usou dinheiro para convencer o aventureiro inglês a buscar novas riquezas debaixo da mata. O ambicioso escravista brasileiro fazia o mesmo, mas usando um facão de lâmina larga, chamado machete: obrigava o rapaz a lhe contar a localização de um veio de diamantes.
Como me meti naquilo? Por sorte ou azar, conheci Gibson duas décadas atrás. Eu tinha acabado de entrar para a polícia ferroviária brasileira e salvei a vida dele no Rio de Janeiro. Minha recompensa, tantos anos depois: fez questão que eu participasse daquela empreitada. Como ele é senador nos EUA, influente junto à corte do Império do Brasil, virei voluntário contra a vontade. Todos me chamam de João Fumaça. Não é meu nome verdadeiro: minha mãe me deu à luz em um trem a vapor na Inglaterra. Sou conterrâneo de Fawcett, mas eu vim de um vilarejo chamado Wold Newton, cujo único acontecimento memorável foi uma pedra que despencou dos céus lá, 45 anos antes de meu nascimento.
Lembrar do meteorito me deu uma ideia. Como eu disse, a explosão me desarmara, tirando o capacete de exploração subterrânea, só me restava uma picareta. Ela não seria suficiente para abrir caminho pelas pedras, mas tenho meus truques. Os engenheiros que projetaram o capacete instalaram um tanque de oxigênio para eu respirar em ambientes fechados. Não era o caso daquela galeria, mesmo assim o cilindro seria útil. Eu o tirei das costas, desatei da mangueira que o prendia à máscara e o posicionei no buraco.
Sem aquela abertura eu ficaria na escuridão não fosse outra engenhosidade, a vela elétrica embutida no capacete. Graças ao brilho artificial, pude erguer a picareta e golpear a válvula de segurança do cilindro. Não foi o bastante. Provoquei faíscas que, não fossem os óculos de proteção, teriam furado meus olhos. Torres certamente ouvira o badalo. Meu segundo golpe teria que ser certeiro.
E foi: abriu o lacre e libertou o oxigênio comprimido. O assobio lembrava um furacão, como se fosse um foguete chinês, o tubo alçou voo. Meu projétil improvisado só parou depois de quebrar a coluna do assassino. Foi assim que Percy Harrison Fawcett sobreviveu à sua primeira aventura amazônica.
21.9.09
Torre de Vigia 4
Uma apreciação internacional da primeira coletânea dedicada ao gênero steampunk do Brasil. O infatigável Larry Nolen, leitor compulsivo e responsável por um dos blogs mais completos de resenhas e comentários sobre literatura especulativa do planeta, o Of Blog of the Fallen, dedicou parte de sua concorrida agenda do mês de setembro a Steampunk - Histórias de um passado extraordinário. Mesmo não sendo um especialista na língua portuguesa, ele usou seus conhecimentos de espanhol para vencer as nove histórias do livro. No espaço dos comentários, Mr. Nolen promete voltar à obra até o final do ano, quando deve elaborar sua lista de edições lançadas no mundo não-anglófono.
Enquanto aguardamos, segue o comentário postado por ele em sua página. Chamo a atenção para o número 342, ele indica a posição que a coletânea ocupa entre os livros que Larry Nolen leu ou releu até este momento. O homem é, mesmo, acreditem, infatigável:
Enquanto aguardamos, segue o comentário postado por ele em sua página. Chamo a atenção para o número 342, ele indica a posição que a coletânea ocupa entre os livros que Larry Nolen leu ou releu até este momento. O homem é, mesmo, acreditem, infatigável:
342 Gianpaolo Celli (ed.), Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário - Anthology of original Steampunk fictions written by Brazilian authors, released just over a month ago. Fairly good collection of stories overall.
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16.9.09
A Coletânea vai estar no Anuário 09
Em seu blog Mensagens do Hiperespaço, Cesar Silva, um dos responsáveis pelo mais importante review de publicações de ficção fantástica lançadas em nosso país - sejam nacionais ou versões brasileiras de material estrangeiro - anunciou que a coletânea Steampunk – Histórias de um Passado Extraordinário vai ganhar em breve uma análise crítica. O material será visto na versão 2009 do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica.
Abaixo, trechos do post em que ele comenta a novidade.
Abaixo, trechos do post em que ele comenta a novidade.
Um dos livros que adquiri durante a III Fantasticon foi este lançamento da Editora Tarja, Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, antologia organizada por Gianpaolo Celli, com nove histórias de ficção científica escritas por autores brasileiros, seguindo um modelo algo popular nos dias de hoje, conhecido como steampunk. (...)
Dispostos a não serem deixados para trás, nove autores brasileiros dedicaram-se a compor a primeira antologia brasileira específica no estilo. São eles: Fábio Fernandes, Antonio Luis M. C. Costa, Alexandre Lancaster, Roberto de Sousa Causo, Claudio Villa, Jacques Barcia, Romeu Martins e Flávio Medeiros, além do organizador Gianpaollo Celli que arriscou ele mesmo um conto.
O conceito é instigante e o time de autores anima a leitura imediata. Mas não vou fazer uma análise crítica agora, que deve sair no Anuário 2009. Por enquanto, fica aqui apenas a divulgação.
O livro pode ser encomendado diretamente no site da Editora Tarja.
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15.9.09
Retrofuturismo na revista Photoshop Creative
Que o steampunk é um gênero extremamente visual não é novidade para ninguém. Tanto é verdade que esta característica foi explorada em matéria de capa de uma revista especializada no mais famoso programa de recursos gráficos do mercado. "Sci-Fi Retrô - Dê um toque steampunk a seus trabalhos. Tutorial avançado de 6 páginas" é a chamada da Photoshop Creative do mês de setembro. Assinado por Jeffrey M. de Guzman o tutorial ensina em detalhes como foi feito o desenho que estampa a capa, reproduzida aqui ao lado (e que pode ser ampliada se você clicar o mouse sobre ela).
Ainda no espírito steampunk, a edição número 10 da revista também dá dicas para quem deseja criar uma tipologia inspirada no gênero, com aparência metálica e bem rebuscada. Igualmente feita usando recursos do programa da Adobe, esta outra matéria sobre fontes é de autoria de Theo Aarsma. Ambos os artigos têm material complementar exclusivo no site da publicação.
Ainda no espírito steampunk, a edição número 10 da revista também dá dicas para quem deseja criar uma tipologia inspirada no gênero, com aparência metálica e bem rebuscada. Igualmente feita usando recursos do programa da Adobe, esta outra matéria sobre fontes é de autoria de Theo Aarsma. Ambos os artigos têm material complementar exclusivo no site da publicação.
10.9.09
Fantástica Jornada a Vapor
Evento imperdível para todos os apreciadores da estética Steampunk. Marquem nas agendas esta data: 27 de novembro. É neste dia - ou melhor naquela noite -, a partir das 22h, que tem início a Fantástica Jornada Noite Adentro. Fruto de uma pareceria entre o sempre citado Conselho Steampunk, Sílvio Alexandre - organizador da Fantasticon -, Confraria das Ideias e Biblioteca Pública Viriato Corrêa - Temática de Literatura Fantástica- esta parece ser a ocasião perfeita para que os diversos seguidores da cultura steamer se atualizem em termos de moda, literatura, jogos, cinema e as mais variadas manifestações do gênero.
Vou deixá-los logo abaixo com a chamada feita na Loja São Paulo do Conselho, cidade em que vai ocorrer o evento. Para mais detalhes da programação, só conferindo o endereço eletrônico dos nobres associados.
Vou deixá-los logo abaixo com a chamada feita na Loja São Paulo do Conselho, cidade em que vai ocorrer o evento. Para mais detalhes da programação, só conferindo o endereço eletrônico dos nobres associados.
Há muito tempo, vários de nossos confrades tem sentido a falta de um evento que elenca-se as várias formas de manifestação da cultura steampunk, atrações que convergissem no objetivo do Conselho Steampunk em divulgar este gênero. Assim, Silvio Alexandre, organizador do Fantasticon (Simpósio de Literatura Fantástica) e o Conselho têm a honra de anunciar a “Fantástica Jornada Noite Adentro Steampunk”!
A Jornada é um evento promovido pela Biblioteca Pública Viriato Corrêa (Temática de Literatura Fantástica) e entre os conspiradores estão, também, os membros da Confraria das Idéias! O evento atravessa a madrugada apresentando esquetes de teatro, bate-papo, exibição de filmes e RPG live-action.
A Jornada começará às 22 horas, no dia 27 de novembro, com um desfile de moda Steampunk, e segue entre braços mecânicos, goggles, lasers e vários intervalos para o chá até às 6 da manhã, quando será servido um suculento café da manhã. O evento é gratuito! Caros confrades, não percam esta oportunidade! Este também é o momento para adquirir o livro “Steampunk – Histórias de um Passado Extraordinário” da Tarja Editorial.
7.9.09
A Coletânea nas melhores Lojas
Um acordo entre a editora Tarja e o Conselho Steampunk permitiu que a coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário seja vendido em algumas de suas Lojas - como são chamadas as unidades estaduais do grupo - por um preço menor que o do mercado. Um novo e excelente incentivo que é dado para a divulgação do gênero no Brasil. Abaixo, reproduzo o post que anuncia esta iniciativa:
Já fartamente divulgado pelos sites especializados, o livro “Steampunk – Histórias de um Passado Extraordinário”, da Tarja Editorial, é a primeira publicação do gênero no país e reúne nove autores brasileiros que fizeram um grande trabalho de pesquisa e releitura do SteamPunk em uma realidade tupiniquim.
Repaginando uma tendência na produção de dramaturgia SteamPunk, os escritores revisitam personagens internacionais, de autores contemporâneos da Era Vitoriana, colocando-os em situações que fazem referência a nosso país, respeitando os arquétipos idealizados por seus autores originais mas invocando tudo que se conhece dos personagens, no melhor estilo “Liga Extraordinária”.
O Conselho SteamPunk fez uma parceria com a organização da coletânea para servir como canal alternativo de distribuição da obra, trazendo-a a um custo mais baixo que o proposto pelas livrarias e deixando a obra mais próxima de um público interessado em tudo o que aparece sobre o gênero.
Por enquanto disponíveis na Loja Rio de Janeiro e na Loja São Paulo do Conselho SteamPunk, os exemplares podem ser pedidos pelo endereço conselho@steampunk.com.br.
No caso do Rio de Janeiro, é possível ainda adquirir os livros na Ocidente, que dá apoio ao movimento SteamPunk no estado. A Ocidente fica dentro de uma galeria entre as ruas Santa Clara e Figueiredo de Magalhães, o endereço é Rua Barata Ribeiro 502 loja 5 – Copacabana - e o horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 10 às 20hrs e sábado, de 10 às 18hrs.
Se você aprecia ou tem curiosidade acerca de Julio Verne, Machado de Assis, H.G.Wells, Santos Dummont, Mary Shelley, Roberto Landell de Moura, H.P. Lovecraft, e outros autores ou personagens do Século XIX vale a pena ler o livro. Conheça você ou não o gênero SteamPunk, é pouco provável que não se sinta envolvido pelo tema e pela habilidade dos autores.
6.9.09
Nova resenha da coletânea Steampunk
Pedro Vieira, que venceu o sorteio de um exemplar da coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário na comunidade Escritores de Fantasia, acaba de postar uma resenha do livro, como já havia feito antes Ricardo França, que ganhou seu exemplar em outro sorteio, aquele realizado na comunidade de Ficção Científica do Orkut (texto que publiquei neste post).
Vou reproduzir o comentário de Vieira sobre minha noveleta e deixar o link para a avaliação completa aqui:
Vou reproduzir o comentário de Vieira sobre minha noveleta e deixar o link para a avaliação completa aqui:
Cidade Phantástica, Romeu Martins. Conto cheio de referências históricas e à obra de Júlio Verne.
Aliás, admito que eu não conheço PN do Verne, li quando era moleque e achei a coisa mais foda do mundo. Mas, ao mesmo tempo, também achava o desenho Cavaleiros da Luz Mágica a coisa mais foda do mundo. Sabe-se lá quais eram os meus sofisticados critérios (e será que eles mudaram tanto?). hehe.
Bom, Cidade Phantástica é um conto de ação, que já abre num ritmo rápido. Infelizmente, a narrativa fica atravancada pelos muitos discursos explicando motivações dos personagens e as descrições do cenário. Sem contar que o esquema vilão-explicando-plano-maligno-para-mocinho não é exatamente a última palavra em termos de condução de narrativa. Talvez eu estivesse bêbado ou com sono quando li, vai saber, mas não me empolgou.
3.9.09
Torre de Vigia 3
A matéria de Augusto Paim no site do Itaú Cultural é sobre Cyberpunk, mas o jornalista encontrou espaço para falar a respeito do steampunk em um box no qual comenta a coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário. O Guilherme Kujawski citado é autor do livro Piritas siderais, que pode ser baixado gratuitamente no site Overmundo. Abaixo, o box sobre steampunk:
Um dos gêneros que surgiu com a fragmentação da literatura cyberpunk é o steampunk, subgênero da ficção científica com elementos cyberpunks. "Há muita sátira em cima", comenta Guilherme Kujawski. No Brasil, foi lançada, em julho deste ano, a primeira coletânea de contos brasileiros desse subgênero. Mais informações podem ser encontradas no site steampunk.com.br.
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Steampunk - Histórias de um passado extraordinário
Steampunk feito no Brasil
Mais escritores se dedicam ao gênero steampunk. Renato A. Azevedo, autor do livro De Roswell a Varginha, publicado pela mesma editora da coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, se aventurou nesta área com um conto publicado em seu blog, Escritor com "R". Leia abaixo o início de "Aurora":
E não para por aí. Outro escritor, Pablo Frazão, tem um projeto desde o mês de julho de uma novela steampunk com piratas, chamada "Mensagens na garrafa". O local de publicação é seu site, o Chapeleiro Louco, e ele explicou o esquema que vem adotando para divulgar o material:
Rogério Daminelli chegou cedo ao Observatório Astronômico de Congonhas. Havia tirado folga na noite anterior, mas não se sentia tão descansado assim. Havia passado a noite com sua amada, Guinevere Alves, e as doces lembranças lhe faziam esquecer qualquer cansaço.
Funcionários passavam diante da porta de seu escritório a todo instante, limpando, fazendo manutenção e demais serviços requeridos para o funcionamento da instalação. Rogério passou os olhos pelos jornais da manhã que haviam sido deixados sobre sua mesa. “Argentina comemora sucesso no lançamento de seu primeiro foguete”, dizia em letras garrafais a primeira página de um deles. Um outro comentava algo a respeito das discussões no Congresso Imperial, no Rio de Janeiro, e um jornal local debatia um projeto de tornar aquele planalto onde se localizava o observatório no extremo da zona sul de São Paulo, em um aeródromo para pouso de dirigíveis.
O jornal que mais chamou sua atenção foi o que estampava uma belíssima imagem do cometa Donatti VI na primeira página. Descoberto por seu antigo mestre, o Professor Salvadore Donatti, o cometa vinha proporcionando um belo espetáculo nas últimas semanas. Quase todos os projetos de observação no telescópio, que com seu espelho de 3,20 m de diâmetro era o maior da América do Sul, eram dirigidos ao cometa.
E não para por aí. Outro escritor, Pablo Frazão, tem um projeto desde o mês de julho de uma novela steampunk com piratas, chamada "Mensagens na garrafa". O local de publicação é seu site, o Chapeleiro Louco, e ele explicou o esquema que vem adotando para divulgar o material:
Todas as sextas eu abro um dos posts ao público em geral para ler a novela Steampunk que estou escrevendo. "Mensagens na garrafa" conta os dramas e aventuras da tripulação de um navio pirata em um mundo similar ao nosso, onde o nonsense e o surreal podem acontecer a qualquer momento. Recheado de magia e tecnologia e seres de fantasia. Em um mundo vitoriano cheio de referências nerds.
Às quartas e sábados lanço um post novo para meus contatos por lá, que leem de antemão o que está sendo escrito. O primeiro capítulo ja está completo, a previsão é de que chegue aos cinquenta capítulos.
2.9.09
Fantastik entrevista Marcelo Tonidandel
E Eric Novello fez de novo. Em seu portal dedicado à literatura fantástica o escritor e divulgador cultural entrevistou o responsável por um dos itens mais elogiados na coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário: a capa. Marcelo Tonidandel comentou no site Fantastik os bastidores deste seu trabalho.
Eu não conhecia esse gênero de ficção-científica (steampunk) antes do Richard Diegues me convidar para ilustrar a capa. Toda a coordenação do layout ficou por conta do Gianpaolo Celli, que me forneceu uma quantidade bacana de referências, sites, etc. Em função disso, achei necessário fazer um número grande de esboços pra gerar um bate-papo, me direcionando de uma forma cada vez mais clara. Tivemos uma reunião super funcional na casa do Richard, nós quatro, (Richard, Verena, Gian e eu) pra acertar as últimas dúvidas e iniciar a arte-final. Foi aí que surgiu um desafio. (Continua.)
Da Terra à Lua ganha nova edição
Novamente sou bem informado pelo blog JVerne Pt: o livro que é a principal fonte de inspiração para a noveleta "Cidade Phantástica" ganha uma nova - e pelo jeito caprichada - edição para comemorar as quatro décadas de um feito que foi antecipado por Verne. Segue o post de Frederico J.
A Europa-América, magnífica editora portuguesa que edita atualmente muitos dos livros de J. Verne com as excelentes ilustrações da época, lançou num novo formato e nova capa o livro "Da Terra à Lua" de Júlio Verne.
Este novo livro, que não substitui o do formato de bolso, insere-se nas comemorações do 40.º aniversário da chegada do Homem à Lua e tem um preço de €17.50.
Poderão adquiri-lo visitando o site da Europa-América.
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