O que começou lá fora, nos anos 1990, com histórias ambientadas na Londres da rainha Vitória, rapidamente tomou novos rumos, com novas fontes de energia para engenhocas e outros ambientes – até mesmo outros mundos.
É o que acontece com os contos de Antonio Luiz M. C. Costa, engenheiro de produção por formação, pós-graduado em economia e colunista da revista Carta Capital.
“Eu não queria escrever sobre a Inglaterra Vitoriana, queria fazer um ambiente diferente, mais próximo de nós, mais brasileiro, mas que tivesse tudo o que é possível com o steampunk”, comenta o autor.
E ele foi além: criou todo um Brasil paralelo, que desenvolve ao longo de vários contos, em diversas coletâneas. “Em vez de D. João vir para o Brasil em 1808 e começar a criar o Império no Rio de Janeiro, eu pensei em D. Sebastião (rei de Portugal) fazendo o mesmo, mas no século XVI, com um desenvolvimento acelerado do Brasil.”
Esse mesmo cenário aparecerá nos livros Brasil Fantástico e Solarpunk, que devem chegar em dezembro pela editora Draco.
Pelas histórias de Costa, passeiam os personagens de Machado de Assis, Brás Cubas e Quincas Borba, utilizando parafernálias “tecnológicas”, enquanto o Instituto Butantã, em São Paulo, já pesquisa pílulas anticoncepcionais no século XIX.
Já Roberto Causo prefere se valer de figuras célebres do mundo real. O pioneiro do rádio Landell de Moura, o poeta Menotti del Picchia e Santos Dumont são usuários de máquinas prodigiosas no Brasil de 1908, na coletânea da Tarja Editorial Steampunk - Histórias de Um Passado Extraordinário.
A obra obteve tanto sucesso que ganhou citação de página inteira no livro Steampunk Bible, e a Tarja já prepara uma segunda coletânea, além de um Compêndio de Retrofuturismo e a primeira parte de um romance, Conspiração Steampunk, todos para 2013.
Para ler a íntegra, clique aqui.
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