31.8.10

FC, não futurismo

Eu tinha comentado a inauguração da Loja Goiás do Conselho Steampunk mas tinha me faltado tempo para acessar o site dela. Felizmente reparei essa falta hoje e pude encontrar lá um artigo de Rafael Camargo que me fez lembrar de uma frase do escritor - inclusive de FC - Braulio Tavares, citada numa reportagem da revista das Livrarias Cultura em 2008: “O objetivo da ficção científica não é prever o futuro, assim como o objetivo da literatura policial não é provar que o crime não compensa”. Bem pertinente para quem aprecia o retrofuturismo.


As famosas cartas de tarô compõem um baralho de 78 cartas e faziam parte de um antigo jogo criado no norte da Itália entre os séculos XV e XVI. Os tarôs passaram a ser utilizados na previsão do futuro a partir do século XVIII. Aparentemente, os tarôs não possuem nenhuma ligação com a ficção científica, porém, não é o que dizem os cientistas…

Em 2001, a revista Galileu publicou uma matéria um tanto curiosa. Tratava-se nada mais nada menos que uma discussão sobre o fim da ficção científica. E explicações foi o que não faltaram aos cientistas, os reais defensores deste pensamento. Segundo estes pesquisadores, a ficção científica está perdendo seu fôlego, pois não é mais possível prever o futuro como se fazia antigamente. Isaac Asimov falava de uma espécie de biblioteca mundial onde todos poderiam contribuir para a formação de seu conteúdo. Asimov acertadamente previu o que hoje conhecemos como Wikipédia. Com o passar dos anos essas previsões foram acabando e de acordo com os cientistas a ficção científica não será mais capaz de prever o futuro. Afinal, um escritor pensa em uma idéia sobre a existência de uma sociedade com tecnologia “X” nos computadores. Em seguida, o autor começar a desenvolver a sua história e personagens e, ao seu término, procura uma editora para avaliar e decidir se publicará sua obra. Até que todo esse processo citado ocorra, os cientistas ao descobrirem a tecnologia “X” existente nos computadores isto chegará em questão de segundos ao público devida a velocidade dos meios de comunicação. O exemplo citado prova nos dias de hoje é impossível a ficção científica prever o futuro. A pergunta que fica é: estaria realmente a ficção científica com seus dias contados? Continua

6 comentários:

Interaubis disse...

claro qu enão, né. Aquele futuro pode ter se realizado, mas o nosso futuro ninguém sabe como vai ser. Cinco anos atrás não havia Youtube, 10 anos atrás não havi Google. O futuro continua esperando pra ser criado e vai ser diferente disto que todo mundo acha, como sempre.

Romeu Martins disse...

É, verdade. Acho de um reducionismo beeeem chato resumir a FC ao futurismo, como se os escitores fossem cartomantes. Por isso achei interessante aquela frase do Braulio e o artigo dos goianos ;-)

bibs disse...

muito bom hein
vou começar a acompanhar o site deles - e movimentar o daqui novamente =]

Romeu Martins disse...

Movimente, sim ;-) - e eu não consigo captar o feeds de vocês, não aparece na minha lista aqui ao lado quando vocês atualizam...

bibs disse...

eu já percebi isso - estranho
mas eu não sei como resolver isso =~

Romeu Martins disse...

Pena... Os feeds ali ao lado são uma das minhas melhores fontes de informação para o blog.