19.11.12

Camiseta, Sangrenta Camiseta

Sintam a presença da camiseta que meu brother Kayuá Waszak fez inspirada na arte de Victor Conceição para o meu conto weird western "Domingo, Sangrento Domingo":


Prestem atenção aos detalhes e curvas de Mary Ruiva...


...e na figura repulsiva de Domingo Ruiz:


Fantástico, não?

13.11.12

Sherlock e eu

No final de outubro fui até Curitiba para aproveitar a Gibicon e acabei recebendo o convite de Tania Bonassa para ser entrevistado no programa Desfolhando, voltado aos professores do Paraná e com o objetivo de reforçar o interesse pela leitura. Em breve eu solto o link da matéria editada, mas por enquanto os leitores do Cidade Pantástica podem ficar com esta ilustração que serve de capa para a página do programa no Facebook e com um diálogo imaginário que Tania me pediu para escrever com o Grande Detetive. Na versão que irá ao ar, um trecho bem menor deste e de outros diálogos imaginários (entre eles um entre Dom Pedro II e Dom Casmurro) farão parte da edição da entrevista. Aguardem e confiem.


ROMEU – Não acredito em meus olhos! Estarei mesmo diante de Sherlock Holmes, o maior detetive de todos os tempos, o ícone do racionalismo da Era Vitoriana?

 HOLMES – Sim, este de fato são meu nome, sobrenome, profissão e status de reconhecimento. Por sua vez, noto que estou falando com um brasileiro, diria mesmo que com um escritor vindo daquele país exótico do continente americano.

 ROMEU – Espantoso! Mesmo tendo lido todos os sessenta casos relatados por seu amigo John H. Watson não estava preparado para ver assim, in loco suas lendárias capacidades dedutivas.

HOLMES – Muitas pessoas têm esta sua reação, mas por favor, recolha o queixo ou vai molhar seus sapatos.

ROMEU – Oh, sim, sim. Me desculpe, mas é que meu nome é Romeu Martins, de fato sou do Brasil e tive a honra de ter sido convidado a escrever uma aventura imaginária sua, na qual especulei o que teria ocorrido caso nunca se houvesse se dado a parceria entre o senhor e o doutor Watson, no número 221-B, de Baker Street. “O Caso do Desconhecido Íntimo” é o nome do texto.

HOLMES – Curioso. Não ocupo muito minha mente com essas ficções especulativas, prefiro gastar meu tempo com pesquisas relacionadas aos casos que sou contratado para investigar. O cérebro é como um grande sótão, precisamos escolher o que guardamos...

ROMEU - ...e o que jogamos fora. Sim, sim, esta é uma observação famosa sua. Sou mesmo um grande admirador seu, como disse. Se importaria de me dizer como chegou a conclusão sobre minha nacionalidade e a minha profissão?

 HOLMES – Foi bastante elementar. Conheço a língua que é falada em Portugal e em suas colônias e treinei meu ouvido para escutar além dos timbres de meu violino. Como já tive a oportunidade por duas vezes de trava contato em casos envolvendo brasileiras, conheço o acento de seu país. E acredite, duas das três mulheres mais ardilosas que já conheci, tiveram passagem pelo Brasil.

ROMEU – Maria Pinto, do “Problema com a Ponte de Thor”, e Isadora Klein, do “Caso das Três Empenas”. Imaginei que essas suas experiências anteriores dariam pistas sobre minha nacionalidade. E como soube que sou escritor.

HOLMES – Observação dos detalhes. Foi fácil perceber olhando para suas mãos essa pitoresca forma de os calos se formarem nas pontas dos dedos . Isso é típico de quem precisa manusear constantemente teclados. Para deduzir que você é um escritor estrangeiro, mais exatamente vindo do Brasil, só precisei entrever os livros e anotações que você leva nesta estranha bolsa que carrega nas costas, com traduções de minhas aventuras para o idioma de Camões. Mas agora, me deixe terminar de fumar meu charuto. Até a vista, meu caro Martins.

8.11.12

Monstros

Um dos motivos para os meus sumiços são os frilas. Aqui vai uma amostra de um que achei bem interessante por ter voltado a me dar a chance de desenhar coisas de que gosto. Foi uma encomenda para um show de sombras que vai acontecer durante uma apresentação de bandas em Curitiba. Para cada um dos pequenos monstros abaixo (nenhuma relação com Lady Gaga e seus fãs) há uma música.

Zumbi

Curupira

Múmia

Lobisomen


King Kong

 Chupa-Cabras

Corpo-Seco

Astronauta na HQCon

Está no ar minha resenha do principal lançamento nacional de quadrinhos deste ano: Astronauta - Magnetar de Danilo Beyruth e Cris Peter. Segue uma palhinha do texto que pode ser lido no site da HQCon:


Começando pelo contexto: esta graphic novel é o ponto culminante de um projeto de renovação do material produzido nos estúdios de Mauricio de Sousa capitaneado pelo editor do UniversoHQSidney Gusman.
Tal processo se iniciou nas comemorações do cinquentenário do criador da Turma da Mônica, se estendendo por uma trilogia de álbuns nos quais – em cada um – meia centena de artistas homenageava o nosso mais bem sucedido quadrinista, reinventando sua obra com estilos os mais pessoais possíveis.
Agora, com muito mais espaço para retrabalhar tais personagens icônicos da história dos quadrinhos nacionais, uma coleção de álbuns denominada Graphic MSP começa a dar oportunidades inéditas a uma nova leva de artistas brasileiros.
Serão histórias completas e mais complexas, com dezenas de páginas, em uma parceria com o maior estúdio de quadrinhos do Brasil, a Mauricio de Sousa Produções, e a maior editora do ramo em atividade no país, o braço local da multinacional Panini.
Mesmo levando em conta o quanto o adjetivo anda sendo gasto à toa nos últimos anos, é o caso de classificar este momento de revolucionário para a história da nona arte brasileira. Não há outra palavra que dê conta de forma mais precisa a respeito desta nova fase do projeto.

Por falar na HQCon, temos aqui o cartaz do evento que vai acontecer no dia 24 de novembro, no Colégio Catarinense, com várias atrações, incluindo a exposição Super-Realismo, com a arte de Angelo de Capua para novos uniformes realistas de super-heróis. Segue o cartaz: