Foi com ar melancólico que dispensei o cabriolé alugado, diante do hospital onde iria encontrar um homem que, esta era minha impressão naquele momento, poderia ter sido o amigo mais íntimo que jamais tive. A melancolia não dizia respeito à proximidade das festas natalinas, que se misturava ao frio enregelante do fim de tarde. Não eram as cobranças familiares, nem as movimentações das compras de fim de ano que me ocupavam a mente naquele dia. Também não era a pobreza ao meu redor, no bairro mais mal afamado de Londres. Nada disso. As sombras que me caíam sobre a cabeça nada tinham a ver com preocupações cotidianas da grande maioria das pessoas que eu conhecia.
Ainda não posso falar sobre o conto citado acima, mas graças à Pauline, posso visualizar com vocês o tal cabriolé e muitos outros modelos de transporte daqueles tempos:
Salut
Devoradores de romances históricos e livros de época sabem que uma das dificuldades desse tipo de leitura está nos objetos que são descritos, muitos dos quais simplesmente não existem mais. Você já parou para observar os diferentes tipos de carruagens que aparecem? São coches, coupés, faetontes… Hoje temos um pequeno guia, bastante visual, dos principais modelos de carruagem no Ocidente.
O COUPÉ (CUPÊ)
Muito frequente de ser citado nas tramas de Machado de Assis, o cupê é uma carruagem de origem francesa, surgida no século XIX. Possui quatro rodas e a área do passageiro é fechada, ficando o passageiro virado para a frente do seu trajeto. O condutor fica do lado de fora, sem proteção. Geralmente o cupê carrega um único passageiro.
O CABRIOLÉ
O cabriolé é uma carruagem de duas rodas, sem portas, com toldo e feita para transportar duas pessoas, uma das quais serve como condutora. Por ser leve e rápida, puxada por apenas um cavalo, era muito usada como carro de aluguel tanto em Londres quanto em Paris. É praticamente um conversível oitocentista:
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