A terceira dica desta série também é da DC Comics e vem sendo publicada no Brasil pela Panini. Graças ao recente filme que adaptou suas HQs (e que foi parar diretamente nas locadoras, sem passar pelas salas de cinema e sem que eu tenha me animado a assisti-lo), Jonah Hex acabou ganhando uma nova chance nas bancas nacionais, desta vez em edições encadernadas, sem luxo, mas com preço honesto e em produção competente. Desde meados do ano passado, já foram três volumes lançados em bancas compilando o gibi americano que o personagem passou a protagonizar em 2005: são eles Jonah Hex - Marcado pela violência, Jonah Hex - As armas da vingança e Jonah Hex - Origens. Os ilustradores variam, mas os roteiros são sempre assinados pela dupla Jimmy Palmiotti e Justin Gray que enfatiza o lado ultraviolento da criação de John Francis Albano e Tony DeZuniga para a revista All-Star Western - mais tarde o título mudou para... Weird Western Tale. Uma amostra do potencial esquisito do caçador de recompensas eternamente trajado com o uniforme cinzento dos Confederados veio a acontecer naquele segundo encadernado, cuja capa segue abaixo.
Nas histórias "Espantando assombrações", ilustrada pelo cocriador do personagem, e "A árvore dos enforcados", com arte de David Michael Beck, temos alguma dose de misticismo e de ambientação de terror. São ideais para quem realmente aprecia o lado bizarro do Velho Oeste. Mas recomendo mesmo todas as três edições já publicadas pela Panini. Na primeira, por exemplo, é muito interessante apreciar os desenhos do brasileiro Luke Ross, que presta homenagem a vários atores nacionais emprestando o rostos deles a coadjuvantes das HQs. Já na mais recente, como bem sugere aquele Origens do título, é a chance de ver o passado de Hex, de como ele foi vendido pelo próprio pai aos apaches e como ganhou sua icônica cicatriz no lado direito da cara, em uma história em três partes com arte de Jordi Bernet. No geral, apesar da pouca presença de elementos fantásticos é uma excelente pedida esse material, principalmente para quem aprecia os filmes de Sergio Leone interpretados por Clint Eastwood. Aliás, foi o ator americano quem serviu de modelo para o rosto do anti-herói dos quadrinhos. Pelo menos para a parte esquerda dele.
4 comentários:
Ótima sua série de posts WW, Romeu. Jonah Hex é um personagem interessante e por muito tempo largado de lado. Até pro futuro ele já foi. Quanto ao filme, também não me animei, principalmente depois que o Marcelo Galvão disse que é bem fraquinho. E tem razão: a cara do Sr. Eastwood é a metade do Hex!
A metade mais feia ;-)
A fase futurista do cara, quando a revista só se chamava Hex, é tão esquecível quanto a temporada em que o Justiceiro, da Marvel, passou a serviço dos anjos hehehe
Valeu, Cirilo, amanhã a dica vai ser um quadrinho italiano, que da mesma forma que o cinema de lá, é apaixonado pelo faroeste americano
Abraço!
Romeu, no anonimato
Jordi Bernett é um Deus das HQs e Jonah Hex é seu profeta. Que história, senhores, e que desenho.
Fantástica mesmo, Octavio. Algo assim deveria ser o tom do filme do personagem, melhor ainda se pudesse ter sido feito por Sergio Lenone ou Sam Peckimpah...
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