A literatura fantástica nacional conta com duas excelentes novidades: uma recém-inaugurada editora a apostar nesse nicho e uma série de coletâneas dedicada ao trio fantasia, FC e horror prestes a ser lançada. Draco, dragão em latim, é o nome da casa editorial e a série foi batizada com o nome que pode ser lido no logotipo abaixo.
A estreia desta boa-nova literária será no dia 28 de novembro, durante uma mesa redonda, seguida de autógrafos, com alguns dos autores participantes - vários deles com textos publicados neste blog. O local do evento, "Falando de Imaginários", é a livraria Cultura do Shopping Market Place, em São Paulo.
Pela lista de escritores - uma seleção de portugueses e de brasileiros, alguns novatos, outros já experientes - e pelo requinte gráfico das capas, esta parece ser uma coleção imperdível para os leitores da literatura de gênero lusófona.
A organização destes dois primeiros volumes ficou a cargo do trio Tibor Moricz, Saint-Clair e Eric Novello. O preço de cada edição está estipulado em R$ 22,90.
Prestes a ir para o terceiro volume, com organização agora de Eric Santos, a coleção Imaginários vai abrir espaço em sua páginas para um obra steampuk. A autoria da noveleta "Bonifrate" é do escritor e quadrinista Douglas MCT, que em breve deve ainda lançar o romance de fantasia Necrópolis pela mesma editora Draco e o mangá steamer Hansel & Gretel pela New Pop. Pedi ao autor que me passasse alguns detalhes dessa novidade e ele me enviou a seguinte sinopse sobre seu trabalho:
"Bonifrate" é uma singela homenagem a Pinóquio, do Collodi.
Concebi a trama usando alguns elementos steampunk e de Fantasia, com um alto grau de estranheza embutidos aqui e ali. A história, por mais que tenha meu estilo, é uma experimentação proposital de narrativa e condução de plot.
Para o clima, me inspirei em alguns conceitos de Matrix e, para elaborar certas cenas e situações, busquei bases em Watchmen. Há ali a essência do Grande Irmão, construtos com coração a vapor, espíritos e uma força maior -- e talvez mecânica -- conduzindo as peças.
É uma ficção alternativa, que brinca com as incógnitas e tenta fazer o leitor se perder em algumas esquinas, num lugar não definido. A ideia ao escrever Bonifrate, era deixar a imaginação de quem lê complementar os espaços vagos de propósito no texto, para chegar ao seu desfecho próprio, único. Quero que essa leitura seja uma experiência para o leitor, como foi para mim ao escrevê-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário