E é daquele endereço que eu tirei duas amostras para publicar por aqui. A primeira, logo abaixo, é a linda imagem do convite para o evento de 7 de agosto. A segunda, que vem a seguir, é uma pesquisa a respeito da história e da etiqueta dos convescotes da Era Vitoriana. Publico os dois primeiros parágrafos, a íntegra do material pode ser lida lá.
O que hoje o imaginário coletivo tem com idéia de piquenique é um conceito que evoluiu no Ocidente desde a Idade Média. Podemos encontrar a origem dele nos banquetes que se organizavam em torno das grandes caçadas da nobreza feudal. Nesses eventos serviam-se apresuntados, carnes de vários preparos (lembrando que a carne, especialmente de caça, era por si só um “artigo de luxo alimentar” na Europa Medieval) e várias iguarias à base de massa recheada e frita, doces e salgadas, chamadas genericamente de pastéis. Em sua essência, a idéia de piequenic se resume a uma refeição ao ar livre, geralmente no campo ou em alguma paisagem agradável que lembre o campo, em que se desfruta de boa companhia, boa comida e divertimentos variados. Podemos encontrar traços disso ao longo do Renascimento e me arrisco e dizer que até mesmo nas tradicionais garden parties (festas de jardim) do século XVIII. Mas foi no século XIX mesmo que a coisa tomou a proporção que povoa o nosso imaginário. E agradeçam àquela senhora rechonchuda que todos nós conhecemos: se os piqueniques já eram comuns na Inglaterra, tornaram-se um verdadeira febre durante a Era Vitoriana graças à predileção da Rainha por eles.
Há uma segunda teoria que diz que, a exemplo do que acontecera durante o reinado de Luis XIV na França (1643-1715), as regras de etiqueta para jantares, chás e banquetes haviam se tornado tão complicadas e extenuantes que os piqueniques eram uma espécie de “quebra” ou de “alívio”, uma válvula de escape mesmo. Uma outra leitura pode ver nos piqueniques, geralmente realizados em alguma propriedade rural ou em um parque bem arborizado, uma tendência escapista. Lembremos que a Era Vitoriana corresponde ao boom da Revolução Industrial, do crescimento urbano acelerado e sem planejamento e do êxodo rural, o que resultava basicamente em cidades caóticas (mas não tanto quanto as nossas) e com uma profunda desigualdade social. As descrições de Londres no período não são nada lisonjeiras… Desse modo, podemos tentar compreender este boom dos piqueniques como uma forma de relaxar longe dessa loucura toda. Eles tinham piqueniques – nós temos shoppings e hotéis fazendas como “oásis” no meio do caos. Continua.
2 comentários:
Olá, Romeu!
Fico completamente lisonjeada com a sua menção e agradeço sinceramente por ela. Gostaria de linkar o Cidade Phantástica no Sombria Elegância e informá-lo de que lá no blog há um selo Dardos para você.
Olá, Mme. Mean, gostei muito mesmo de seu blog, moda sem frescura é o que há! O Sombria Elegância já está em minha lista de indicações, aqui ao lado ;-)
Postar um comentário