12.1.11

Grande Hermano!

Quando resolvi escrever uma série sobre a ficção científica nacional - com resenhas de livros e entrevistas com seus autores - publiquei o material no site colaborativo Overmundo em um projeto que batizei de Ponto de Convergência. Por trás daquele portal, que reúne divulgadores culturais de todo o país, estava um nome que é praticamente consenso na nada consensual área de arte & cultura nacional: Hermano Vianna. O que eu não sabia na época - mas vim a descobrir aos poucos, com os vários comentários que ele fazia em meus textos e pesquisando a respeito - é que ele era um entusiasta do gênero, com muito conhecimento sobre o que se produzia no Brasil e no mundo a respeito.

Por isso mesmo, o único ponto que não foi surpresa para mim em um texto de meu overeditor que acabei de ler foi sua erudição e conhecimento de causa ao comentar diversos aspectos da carreira de William Gibson, a partir do gancho da recente publicação do último livro do escritor americano, Zero history.  Mas o que realmente me pegou de surpresa foi o trecho em que Vianna me citou, ao falar sobre a participação de Mr. Gibson na cultura steamer. Convenhamos, ser chamado de "um dos maiores conhecedores e divulgadores da produção de ficção científica brasileira" por Hermano Vianna é para deixar melhor o dia de qualquer um. Segue a parte final do artigo, publicado originalmente na coluna que o autor mantém no "Segundo Caderno" do jornal O Globo, no dia 8 de outubro do ano passado, e postado também no blog de Vianna no dia 8 deste mês:

Gibson é um dos maiores responsáveis pela popularização da onda steampunk, tendo publicado o livro “The difference engine” – uma parceria com Bruce Sterling – em 1990. Os enredos steampunks acontecem num passado alternativo, geralmente era vitoriana que já inventara computador a vapor ou tecnologia semelhante. Esse subgênero de literatura tem cada vez mais adeptos, incluindo leitores que frequentam simpósios onde muitos comparecem com fantasias de época e adereços retrofuturistas. Romeu Martins, um dos maiores conhecedores e divulgadores da produção de ficção científica brasileira, tem um bom texto no Overmundo sobre o steampunk nacional, organizado sobretudo em torno do site Conselho Steampunk. Talvez, porque o futuro e o presente já nascem datados, seja mais fácil encontrar horizontes futuristas no passado.

4 comentários:

bibs disse...

parabéns!vc é o cara!!!
=]

Romeu Martins disse...

Ah, não, pode ter certeza de que há uma longa, bem longa, lista de pessoas que entendem bem mais de FC brasileira que eu ;-)

Octavio Aragão disse...

Ducacete, hein? Parabéns, Romeu!
E não duvide do Hermano, você é referência, cara. E das boas.

Romeu Martins disse...

Opa, obrigado, Octavio! Só posso ficar agradecido pela referência.