8.2.10

Expresso! o blog 2

Comentei sobre o blog Expresso! no início do ano:

Alexandre Lancaster Soares além de ser dono do mais completo blog nacional dedicado à cultura quadrinística e de animação japonesa que eu conheço, é um dos autores presentes na coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, com um texto carregado de um teor pop que muita falta faz à produção brasileira de ficção científica. Sua noveleta, "A música das esferas", na verdade, faz parte de um projeto particular mais extenso e multimídia, chamado Expresso!, pensado originalmente para o formato de HQs, e não qualquer tipo de quadrinhos, mas aquele de inspiração nipônica, o mangá.

Em sua nova atualização, o endereço agora traz informações e desenhos dos principais personagens da série. O post pode ser lido aqui, mas deixo vocês com os dados do jovem protagonista tanto da noveleta quanto do mangá:

Adriano MonserratADRIANO MONSERRAT: Isso, não “Montserrat” – é Monserrat mesmo, para que eu deixe bem claro que ele NÃO É a versão de uma terra alternativa do personagem de Lauro Corona em Direito de Amar. Na verdade, eu tinha me esquecido do próprio nome desse personagem. Eu me lembrava do Barão de Montserrat da novela, não do galã (galãs nunca são personagens marcantes), e batizei o nome do personagem de Adriano, acreditem, como uma homenagem a um dos meus dois ou três filmes favoritos de todos os tempos, Porco Rosso de Hayao Miyazaki (caso ninguém se lembre, era o nome do hotel aonde se reuniam todos os piratas aéreos). Nem me dei conta de que mentalmente juntava dois mais dois até ser tarde demais na minha cabeça. Posso ainda ter que mudar o sobrenome do personagem se der algum problema, mas por via das dúvidas, tirei o “t” depois do “mon”.

Ah, sobre o personagem… bem, ele é um garoto inventor que foi estudar na França, levado sob permissão dos pais – uma família de coronéis do café da região do Vale do Paraíba (área que cobre parte dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, mas prefiro deixar a localização exata para a imaginação dos leitores). Para a surpresa dos pais, ele voltou como um “engenheiro diferencial” – o que nos termos da história, pode significar qualquer coisa: a palavra de ordem é ciência selvagem, aonde os limites não são claros e qualquer coisa pode sair da cartola. E obviamente ele bate de frente com o lugar aonde vive: um país agrário, aonde ciência é malvista, boa parte das pessoas são ignorantes – e políticos, militares e religiosos estão firmemente unidos para que tudo permaneça assim. Claro que ele tem uma boa dose de conhecimento científico e inventividade – eu diria que ele é parte “detetive científico”, parte personagem de ação, com um quê daquela capacidade de fazer qualquer coisa com poucos recursos que marcou personagens como o bom e velho McGyver. Mas ele tem uma sombra: o fato dele ser filho e herdeiro de um coronelzão de interior é uma marca que pode ser percebida até mesmo quando ele perde a paciência com tudo e com todos. E ele sabe que esse legado é parte do problema que ele tanto precisa enfrentar.

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