17.5.11

Ponto de partida

No início parecia que ia ser apenas um modismo passageiro, mas a verdade é que a cultura steamer dá mostras de ter se firmado de vez no Brasil. Tanto que a cada novo evento, a cada novo encontro vitoriano, a cada novo lançamento de livro, seja nacional ou uma tradução de material de outro país, novos interessados começam a se perguntar o que afinal de contas é esse tal de steampunk. Felizmente, surgem também novos espaços para dar as informações básicas a quem busca informações e dicas de como aproveitar melhor o que se produz no gênero, seja na forma de livros, filmes, quadrinhos ou qualquer outra manifestação cultural. Fico feliz de poder recomendar um trabalho que é um excelente ponto de partida para esses novos steamers: o especial em duas partes escrito pela historiadora Juliana Poggi em seu blog Caramilholas de JP.



Dividido em duas partes, Juliana apresentou primeiramente uma rápida introdução a esta forma de retrofuturismo em seu post do dia 6 de maio.

Uma pitada de engrenagens
Misture um pouco de vapor para fazê-las funcionar
Insira tudo isso no séc. XIX, de preferência na Inglaterra vitoriana (que vai de 1837 a 1901), mas se preferir usar a criatividade pode levar para qualquer lugar do mundo.
Não esqueça seu cientista maluco (responsável por todas as criações mirabolantes) e claro para sua segurança coloque seus óculos de proteção! ou se preferir os de aviação!


Já no dia 14, após um atrasado involuntário, provocado pelos mesmos problemas com o blogger que fizeram o Cidade Phantástica diminuir o ritmo semana passada, ela voltou ao tema, agora em um verdadeiro mergulho no steampunk. Entre as várias dicas de obras mencionadas, a blogueira não deixou de comentar o material nacional que vem sendo publicado por aqui desde 2009:


Mas Além das traduções que agora tem maior espaço no mercado, autores brasileiros têm produzido muita coisa no gênero.
esquadrão brasileiro conta com diversos autores entre eles Romeu Martins (que comentou no post passado!) Antonio Luiz M. C.ClaudioVilla e Fábio Fernandes e claro com o apoio de editoras como a DracoEstronhoTarja Editorial.



Entre as publicações nacionais temos as coletâneas/antologias de contos Steampunk: Histórias de um passado extraordinário da Tarja Editorial (Skoob/RESENHA porAntonio Luiz M. C.que reune diversos autores entre eles os citados acima e Vaporpunk: Relatos Steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades pela Draco.(Skoob/RESENHA Por Lucien, o Bibliotecário).

Steampunk: Histórias de um passado extraordinário foi a primeira obra brasileira do gênero (2009) organizada por Gianpaolo Celli, trás as mais diversas temáticas, como Sociedades Secretas, Santos Dummont, faroeste, tudo é claro com muito vapor, dirigíveis, ciência e etc. A cada conto uma história inesperada e surpreendente.
Vaporpunk: Relatos Steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades(2010) aproveitando a inspiração Steamer no séc. XIX, os organizadores Gerson Lodi-Ribeiro e Luis Filipe Silva apresentam oito noveletas steampunk sob a ótica brasileira (Império) e portuguesa do assunto.

Agradeço a Juliana pelas palavras elogiosas ao longo do post e indico este seu especial como uma ótima introdução a quem começa a se aventurar por esse mundo do vapor.

2 comentários:

Juliana Poggi disse...

Eu é que tenho que agradecer Romeu!

Não só pela divulgação do Caraminholas mas tbm pelo grande trabalho que você tem feito.

As pessoas tem a impressão errônea de que não temos bons autores nacionais, quando temos sim.

Fico muito feliz em divulgar o trabalho nacional de qualidade.

bjs

Romeu Martins disse...

Fico mais feliz ainda de ter ótimos leitores aí, do outro lado, Juliana.

Beijos