5.5.11

O décimo-primeiro Terrorista

Acredito que nem todo mundo que frequenta este blog conheça uma outra página que criei para postar contos de literatura fantástica, meus e de outros autores. Foi em Terroristas da Conspiração  que publiquei meu primeiro texto ficcional, mais tarde republicado no volume I da coleção Paradigmas, da Tarja Editorial. Com o tempo, outros contos naquele universo ficcional foram escritos por mim e por outros colegas de texto. Ao todo, estão disponíveis lá dez textos do grupo comandado pelo Sr. Neves, feitos por quatro autores diferentes. Ontem recebi a notícia de que um décimo-primeiro texto vai sair no papel, nas páginas de outra coleção dedicada ao triunvirato fantástico da ficção científica, fantasia e horror.

Meu conto "Algo baixou em Niterói" vai ser publicado no livro VII Demônios - Soberba, uma série de coletâneas da editora Estronho com cada obra dedicada a um pecado capital e a uma espécie de demônio padroeiro. O deste volume em particular, é Lúcifer. Vejam a seguir o anúncio feito pela editora com o nome dos autores selecionados e de suas obras:


Olá, pecadores!


Chegamos ao resultado final do volume Lúcifer - Soberba, da Série VII Demônios com 45 contos inscritos. Listamos abaixo os selecionados que farão companhia ao nosso convidado:

VII Demônios - Lúcifer - Soberba

Autor Convidado: Rober Pinheiro (François)
Selecionados: A. Z. Cordenonsi (O Conto do Criador), Alda M. J. Duarte (A Dama do Lixo), André Walker (O Ilusionista), Carlos Genauch (Eu Sou Sr. Russel. Curve-se!), Celly Monteiro (A Queda), Felipe Leonard (Arquiteto do Caos), Ghad Arddhu (Axis Mundi, A Herança de Simha), Jota Marques (Justa Causa), Lemos Milani (Diário da Noite), Nano Fregonese (O Mais Grandioso), Raphael Montes (O Negro Caolho), Romeu Martins (Algo Baixou em Niterói), Tatiana Alves (Xeque-mate) e Valentina Silva Ferreira (Bestas)

Muito obrigado a todos que participaram, selecionados ou não.

Um grande abraço,
Celly Borges e M. D. Amado

 Este conto dos Terroristas da Conspiração serve como uma homenagem ao escritor que mais colaborou com aquele meu universo, o escritor e advogado fluminense Rafael "Lupo" Monteiro, autor de "O Herói" e de "Furo de reportagem", duas desventuras dos Terroristas da Conspiração. Em "Algo baixou em Niterói" o protagonista foi pego emprestado por mim da série Detetive do Sobrenatural, que Lupo criou para o site de fanfics Hyperfan. Outra homenagem é ao universo Intempol, de autoria de Octavio Aragão, que já havia sido citado por mim em um conto anterior, "Apagão no tempo". Há ainda uma referência a um outro universo ficcional meu, mas este é melhor deixar para o leitor perceber apenas ao final da leitura, quando o livro estiver nas lojas. Mas para quem quiser matar a curiosidade, segue o trecho inicial desta minha histórica cômica. Boa leitura!


Anãs contorcionistas no gel.

A frase que escrevi no Google pode confundi-los. Talvez vocês me confundam com algum tipo de tarado com interesse acima do normal por baixinhas flexíveis lutando nuas em piscinas cheias de material melequento. Mas a verdade é que na minha profissão o conhecimento sobre anatomia humana é muito valioso. Encaro a busca como parte das tarefas de um detetive particular.

Quando não tinha Internet no meu escritório, sala comercial e dormitório na Praça Tiradentes, ficava privado de coisas assim. Nem computador eu tinha, pra falar a verdade, até que aceitei este – chamado carinhosamente de HAL 1,99 – como pagamento por um caso. Faltava arrumar uma conexão, já que meus recursos mal davam pro telefone.

Só que além de detetive sou um imã de malucos. Mais exatamente, de malucos mortos e afins. Eu vejo fantasmas. E lobisomens. E sacis. E zumbis. E vampiros. Vejo, falo com eles e eles respondem. Mas não sou maluco. Foi uma coisa que aconteceu de repente. E o fantasma que eu mais vejo por aqui é Lélio, um cara que foi cientista quando vivo, engenheiro de uma empresa fodona qualquer. Prometi resolver o mistério da morte dele, mas como fantasma não tem grana, a contrapartida tem que ser outra. Comigo não tem o papo de cliente morto não paga.

Enquanto não dou conta do caso dele, o defunto vai sendo útil aqui e ali, quebrando uns galhos. O gato que ele ensinou a fazer na conexão do vizinho, por exemplo. Furei a parede, empurrei um fio pelo buraco, com um clipe de papel e chiclete mascado na ponta e pronto! Me conectei com o mundo. O chato da Internet é esse lixo que chega quando estamos... pesquisando.

Olha o quadrado que pulou na frente da bunda da anã ruiva: “Você sabe do que é feita a mortadela? Clique e descubra. TC”. Tentei fechar esse anúncio que tava me atrapalhando, só que devo ter clicado no lugar errado – é difícil mexer nessas coisas quando se está com uma das mãos ocupadas – e agora travou tudo.

Já ia dando o segundo tapão na máquina quando o telefone tocou.


– Detetive do Sobrenatural, qual seu caso?


5 comentários:

Poesia Retrô www.poesiaretro.blogspot.com disse...

Oi, Romeu. É o outro Rommel. rsrs

Um contato de Floripa de meu facebook precisa de ajuda. Eles precisam de alguém da área cultural.


http://www.cameraolhofilmes.com.br/#!contact

Um profissional de captação e totalmente ligado no mundo dos projetos culturais de cinema é o que buscamos em Floripa. Alguém habilitado a gerir nossos projetos? Enviar curriculum para o email de contato do nosso site: www.cameraolhofilmes.com.br

Romeu Martins disse...

Hmm, não conheço captadores de grana pra cinema, mas vou dar uma divulgada pra ver se aparece alguém.

Febo Vitoriano disse...

www.poesiaretro.blogspot.com

Febo Vitoriano disse...

Novidades, Comendador

Romeu Martins disse...

Opa, valeu o toque, já virou um post acima deste ;-)