11.2.09

O Rio por Leuzinger

Como era o Rio de Janeiro real na época em que se passa a noveleta "Cidade Pantástica"? Graças à documentação de um pioneiro da fotografia temos uma resposta na forma de imagens, como a que vemos neste post, do Centro da cidade, provavelmente no ano de 1865.

A autoria é do suiço - da cidade de Mollis - Georges Leuzinger (1813-92), que aportou na Capital do Império em 1832. Mesmo com poucos recursos financeiros e sem dominar nossa língua, ele fundou um dos maiores estabelecimentos de impressão e artes gráficas do Brasil no século XIX, a Casa Leuzinger. A empresa, além de produzir as imagens feitas pelo proprietário, comercializou o trabalho de outros fotógrafos da época, como Albert Frisch que documentou a região amazônica.

Apenas duas décadas depois da invenção da daguerreotipia, Lauzinger já se dedicava ao registro iconográfico de São Sebastião do Rio de Janeiro e arredores. O acervo deste autêntico exemplar de homem vitoriano foi, felizmente, preservado. O Instituto Moreira Salles adquiriu o material produzido por ele e já promoveu algumas mostras da obra, com registros de panoramas e paisagens do Rio, de Niterói, da Serra dos Órgãos, Teresópolis e Petrópolis, fotos de documentação botânica, entre outras preciosidades da segunda metade do século XIX.

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