14.7.09

Conselheiro honorário

Mesmo morando distantes 705 quilômetros da capital de São Paulo, estou representado no site da Loja local do Conselho Steampunk. Depois de uma troca de mensagens naquele telégrafo sem fio que é o Twitter, eles me convidaram a contribuir com um texto sobre obras em quadrinhos influenciadas ou pertencentes ao gênero steamer. Num artigo que entrou no ar nesta madrugada, resenhei uma graphic novel da DC Comics do início da década de 90, quando dos primórdios desta vertente da ficção científica nos Estados Unidos. Trata-se de uma revista da linha Elseworlds daquela editora, cuja premissa é retirar seus personagens da ambientação costumeira e jogá-los em novos cenários, sejam eles históricos ou inspirados em alguma obra ficcional.

No caso o personagem é Batman e o cenário histórico é a Guerra Civil americana, no ano de 1863, portanto, um período bastante próximo ao que trabalhei na noveleta "Cidade Phantástica". A obra é The Blue, the Grey and The Bat que foi rebatizada como A Guerra da Secessão quando publicada no Brasil pela editora Abril em 1993, um ano depois de seu lançamento nos EUA. Abaixo, trechos da resenha, que pode ser lida na íntegra aqui:

Os primeiros quadrinhos abrem com cenas da cidade de Washington, obras inacabadas do que um dia viria a ser o Capitólio e um preocupado e amargurado presidente Abrahan Lincoln na sede do poder executivo, a Casa Branca. O texto faz uma análise pessimista da situação para o Norte, dando conta de que são os homens do Sul que contam com os melhores oficiais naquele momento. A vantagem da União reside no número de soldados e na riqueza de suas terras. Mas uma descoberta feita por um garimpeiro de má fama, chamado Henry T. P. Comstock, no território de Nevada, pode pôr fim ao equilíbrio de forças: um depósito de ouro e prata de dimensões e qualidade que mal podem ser imaginadas.


Apesar de nominalmente o controle da região estar com o Norte, aquele terreno representa uma encruzilhada de forças. Cercado por tribos de índios hostis, por mexicanos que pretendem recuperar terras perdidas para o vizinho duas décadas atrás, por mercenários atrás de riqueza fácil, além de agentes da Confederação separatistas infiltrados entre esses grupos, aquela fortuna em minério pode significar o futuro de um país. A vitória ou a derrota de um projeto de nação simbolizado pelos sonhos abolicionistas de Lincoln, um presidente que não conta com nenhuma companhia de infantaria para mandar àquela terra sem lei e tomar posse de fato das tais minas.


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