Pode até parecer, mas essa força policial não é somente uma invenção para o universo ficcional de Cidade Phantástica. Polícia dos Caminhos de Ferro foi realmente o nome da primeira corporação de segurança especializada do Brasil, criada antes mesmo da inauguração de alguma estrada de ferro no país.
D. Pedro II fundou a instituição por força de um decreto régio em julho de 1852. Apenas dois anos depois, em abril de 1854, terminou a construção da ferrovia por onde circulou a locomotiva número um do Brasil, a Baroneza (conforme grafia da época), apelido recebido para homenagear a esposa do Barão de Mauá.
Em mais de 150 anos de história, a denominação foi se alterando sucessivamente. Primeiro para Polícia e Segurança das Estradas de Ferro; em seguida, veio Guarda Civil Ferroviária; por último, temos o nome atual e que aparece no distintivo à direita, Polícia Ferroviária Federal.
Em todo esse tempo, a tropa sempre teve a missão de proteger tanto os passageiros quanto as mercadorias que circulam pelos trens brasileiros, bem como cuidar da infraestrutura ferroviária nacional.
Porém, se a antiga Polícia dos Caminhos de Ferro nasceu com um ar de pionerismo e com um nome de batismo tão poético, a realidade de hoje é bem mais dura. A corporação pode ser considerada um símbolo do descaso de nosso país em relação às ferrovias, abandonadas pela prioridade que se passou a dar às rodovias. Tanto que já chegou a ser considerada a menor força policial do mundo. Atualmente, menos de mil agentes acumulam a responsabilidade de zelar pelos quase trinta mil quilômetros de trilhos espalhados pelo território nacional.
2 comentários:
Gente da minha geração ainda viajou de Sampa ao Rio de trem - uma viagem um tanto longa, mas linda, gostosa e razoavelmente econômica.
Um Brasil com menos carros e mais ferrovias seria um Brasil bem melhor.
Pois agora, Mila.
Eu nunca estive em um trem, infelizmente...
Mas te deixo uma dica, saca a ótima revista História Viva? Eles tão cmo uma série de seis facículos sobre o apogeu e decadência das ferrovias no Brasil.
Nas bancas tá no número quatro. Recomendo ;)
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