1.11.10

Torre de Vigia 35

Não há jeito melhor de começar um novo mês - o penúltimo do Ano do Vapor - do que com boas notícias. Como falei no tópico anterior, a equipe do site da editora Tor convidou Fábio Fernandes para colaborar com textos durante a quinzena dedicada ao steampunk que ela vem promovendo. Após o artigo anterior, o escritor e tradutor publicou ontem uma resenha completa da coletânea Steampunk - Histórias de um passado extraordinário, a primeira obra editada no Brasil totalmente dedicada àquele subgênero. Como passei o dia 31 de outubro praticamente todo off-line, só fiquei sabendo da boa nova nesta segunda-feira, ainda com alguns resquícios da ressaca pós-festa da democracia.

Como de hábito nesta seção do blog, vou reproduzir, com uma tradução ligeira, o início da análise e a parte em que ele se refere ao conto homônimo a este blog. Deixo com os leitores o link para ler integralmente a resenha aqui.



Desde 2008, parece que a FC brasileira finalmente começou a acompanhar a velocidade com que ela vem sendo escrita na esfera anglo-americana de ficção científica e fantasia. A culpa é do steampunk: a moda tornou-se aparentemente um estilo de vida para uma grande parcela do fandom brasileiro, e a maioria dos recém-chegados são antes de tudo steamers hardcore.


Escritores e editoras do Brasil não estavam cegos a esta tendência, apesar de todo aquele vapor: eles se adaptaram. O primeiro caso foi a coletânea  Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (Steampunk: Stories from an Extraordinary Past), da Tarja Editorial, que foi publicada no ano passado e está perto de uma terceira edição. Oficialmente considerado a primeira antologia steampunk brasileira, este livro contém nove histórias curtas de autores novos e antigos do gênero no Brasil. O resultado, embora irregular, é muito interessante (...)

"Cidade Phantastica" ("Phantastic City"), de  Romeu Martins, é uma outra história da qual eu gostei muito e que vocês terão a oportunidade de ler um trecho, em breve, na Steampunk Bible, de S. J. Chambers e Jeff VanderMeer. Esta história, assim como a primeira, "O Assalto ao Trem Pagador", também começa com um assalto a trem, mas de natureza diferente: este aqui é weird steam westen, senhoras e senhores, com bala voando e muitos confrontos coloniais entre americanos, ingleses, brasileiros pelo fim da escravidão e o estabelecimento do Brasil como uma nação livre. 

 Confesso para vocês que adorei esta classificação do Fábio Fernandes: "weird steam western". Não tem jeito melhor de começar o mês e curar uma ressaca.

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