19.11.10

Tietagem a distância

Bruce Sterling, o homem, o mito, esteve hoje em Belo Horizonte, dando uma palestra em um evento de artes digitais. Um dos meus escritores favoritos - e não falo apenas de FC - ele, ao lado de Wiliam Gibson, é uma referência do steampunk, como tantas vezes já escrevi por aqui, por terem escrito a quatro mãos The difference engine. É também autor do meu livro cyberpunk favorito, Piratas de dados (Islands in the net), obra publicada no Brasil em uma encarnação anterior da editora Aleph.

Não resisti em tietar o cara mesmo a distância. Gostaria de ter em mãos aquele romance steampunk para lhe pedir um autógrafo, mas a mesma Aleph avisa que a produção da versão nacional está atrasada e o lançamento foi adiado para fevereiro ou março de 2011. Assim sendo, me restava tentar conseguir a assinatura dele naquele outro livro. E graças a escritora e advogada mineira Ana Carolina Silveira,  eu consegui! Ela gentilmente me conseguiu o autógrafo, como comentou em seu blog - no qual também fez um resumo da palestra, recomendo a leitura completa aqui:

Com muita vergonha (e quando eu fico envergonhada nem português consigo falar direito, quanto mais inglês) fui pedir autógrafos para meu livro e para o livro do Romeu Martins.

Expliquei para ele que tinha um amigo que morava em Florianópolis que mandou o livro para ser autografado e coisital. Ele achou interessante, autografou e dei o meu (que era um Pirata de Dados que o Romeu me presenteou pela gentileza). Ele autografou o livro e me entregou. No autógrafo, literalmente: “Might even be readable!” – Ou que faça algum sentido hoje. Eu disse que gostava mais de steampunk do que de cyberpunk, ele respondeu que o cyber tem um viés mais político. Disse ainda que a protagonista é uma mulher e que talvez eu goste por isso e que é para eu mandar um e-mail depois dizendo o que eu achei do livro :P Achei bem legal!

É bom ver que o artista não precisa prender-se à arte, pode pesquisar e desenvolver muito além dela.



Brigadão, Ana Carol! Fico te devendo essa e, assim como Mr. Sterling, espero que você aprecie o livro - que, sim, considero ainda fazer bastante sentido e talvez ainda mais depois do 11 de Setembro - tanto quanto eu.

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